Catanduvas Mesmo uma semana depois da ocorrência, a comunidade de Catanduvas não digere um ato criminoso realizado na madrugada da sexta-feira da semana passada. Um micro-ônibus zero quilômetro, comprado com dinheiro público para o transporte de pacientes, foi incendiado por um ex-servidor da prefeitura. Ricardo Dallelaste Borelli, 26, foi identificado e preso em flagrante. A administração pública municipal entra na Justiça para que o incendiário faça o ressarcimento do prejuízo causado à municipalidade.
Ricardo foi flagrado por câmeras de segurança com galões de gasolina nas mãos. Ele espalhou o combustível sob o veículo e ateou fogo. As chamas consumiram o ônibus, ainda sem placas, em questão de minutos. A prefeitura não tinha seguro. O micro-ônibus custou R$ 280 mil, dinheiro que a administração da prefeita Noemi Moura (PMDB) economizou durante um bom tempo. O veículo, dos mais modernos e com capacidade para 26 passageiros, seria usado no transporte de pacientes da saúde.
Réu confesso, Ricardo deu uma versão estranha na tentar justificar o ato. Ele foi motorista da Prefeitura de Catanduvas até 2015 e pediu desligamento porque havia sido aprovado em outro concurso, que lhe pagaria mais, em Laranjeiras do Sul. Ele teria dito que o ato seria represália a um possível mau atendimento a um parente, na rede de saúde local. Como o município está sem juiz e só esse pode definir o valor de fiança, o autor do incêndio segue preso na delegacia de polícia do município. Ricardo não tem antecedentes criminais.
A administração pública de Catanduvas já inicia procedimentos técnicos e legais para ingressar na Justiça contra o autor do crime. Há consenso no governo de Noemi que o vandalismo, que tantos prejuízos e tanta indignação ainda provoca, não pode ficar impune. A família de Ricardo tem posses no município, por isso a expectativa é de que o judiciário defina pelo ressarcimento das perdas aos cofres públicos.