RIO. Três dias depois de a Prefeitura de São Paulo proibir guardas civis metropolitanos de perseguir e atirar em veículos suspeitos, o deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ), pré-candidato do prefeito Eduardo Paes à sua sucessão, defendeu, na noite desta terça-feira, armar a guarda municipal do Rio.
A proposta de Pedro Paulo, defendida em sua página no Facebook, é a de um ?patrulhamento preventivo?. Esse grupo armado atuaria nas áreas mais críticas da cidade, ?porque a arma tem o efeito de inibir a ação dos criminosos?.
No caso de São Paulo, a prefeitura decidiu restringir a atuação da guarda civil metropolitana depois da morte do menino Waldik Gabriel, de 11 anos. Segundo o relato do agente de segurança à polícia, ele e outros dois colegas perseguiram um carro depois que motoqueiros se disseram vítimas de assalto. Ainda de acordo com guarda, os ocupantes do veículo teriam começado a disparar e houve revide. O motorista e o passageiro teriam abandonado o carro e só então os guardas teriam visto o menino baleado no banco de trás.
No Rio, o pré-candidato do PMDB à prefeitura propõe que esse grupo armado seja selecionado no efetivo atual da guarda municipal e passe por um segundo treinamento, com fase inicial de oito meses, o que seria o dobro, segundo ele, do que é oferecido pela Polícia Militar de São Paulo. Além das armas, esses guardas portariam um aparelho de GPS e câmera no uniforme para registrar sua atuação.
A proposta de Pedro Paulo foi feita no momento em que Eduardo Paes tem feito duras críticas à segurança pública, que é uma atribuição do governo do estado, às vésperas da Olimpíada. ?Hoje o carioca não se sente seguro na nossa cidade. A taxa de roubos de rua vem subindo 14% ao ano?, disse Pedro Paulo em seu post.