Assis – O balanço do CAR (Cadastro Ambiental Rural) no Paraná, realizado pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná) depois de dois anos de cadastramento permite um diagnóstico preliminar da situação ambiental no Estado. Segundo o documento, nas APPs (Áreas de Preservação Permanente) foi constatado um déficit de 55,7% de cobertura florestal. Diante disso, é necessária a restauração de no mínimo 473.470 hectares. Conforme o cadastro, dos 849.804 hectares de APPs em todo o Paraná, apenas 376,3 mil não foram incluídos nesse déficit. As Áreas de Preservação Permanente representam 7,50% dos imóveis já declarados.
O levantamento vai mais além e comprova que “caso todos os imóveis demandassem mudas nativas para recuperação dessas áreas, seriam necessários cerca de 520 milhões de mudas”, relata o IAP. As APPS são áreas que se encontram às margens de rios, topos de morros, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna, entre outros.
Reserva Legal
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De acordo com o CAR, as áreas de Reserva Legal declarada somam 1.585.708 hectares no Paraná. Dessa forma, 60% estariam com cobertura florestal (962.013 hectares). Segundo o IAP, os proprietários que declararam que existe déficit de vegetação nativa em áreas de reserva legal foram de 7,73%. “Dos imóveis que reconheceram no CAR haver déficit de reserva legal, 26,54% optariam por recomposição da vegetação, 3,21% por regeneração e 31,86% optariam por compensação em outros imóveis”, aponta o levantamento.
Já em relação às nascentes, são 165.178 em todo o Estado. De floresta nativa, segundo as informações do sistema Sicar, foram informados na base de dados do CAR, 2,23 milhões de hectares que corresponde a 11,24% do território do Estado.
