Cotidiano

PPSA pode ficar sem diretores na próxima segunda-feira

RIO – A Pré-sal Petróleo SA (PPSA) ? estatal criada em 2013 para coordenar e fazer a gestão e exploração de petróleo nos campos do pré-sal no país pelo sistema de partilha ? corre o risco de amanhecer na próxima segunda-feira, dia 14, sem sua diretoria executiva.

Nesta sexta-feira, dia 11, estão vencendo os mandatos do diretor-presidente da PPSA, Oswaldo Pedrosa, e dos três diretores que estavam na companhia desde a sua criação.

Até o momento, o governo federal não informou quem serão os novos executivos. Mas, segundo fontes do setor, os membros da atual diretoria já foram informados de que não seriam reconduzidos aos cargos para um novo período.

Pedrosa disse que encara com naturalidade a sua saída da empresa, e que, em função da mudança do governo, já esperava que não seria reconduzido.

? É uma prerrogativa do governo mudar os executivos, e eu já estava preparado devido á mudança do governo. É natural. Mas saímos satisfeitos porque nosso trabalho nesse período foi reconhecido pelo setor de petróleo ? destacou o executivo.

Oswaldo Pedrosa ressaltou que, como resultado do trabalho executado em sua gestão nos últimos três anos, a União receberá, em 2017, cerca de US$ 230 milhões de receita.

Essa é a estimativa da parcela que caberá à União referente à produção esperada no Teste de Longa Duração (TLD) no campo de Libra e nas áreas unitizadas (acordos entre as empresas quando as reservas de petróleo extrapolam de um campo para o vizinho), cuja comercialização caberá à PPSA executar.

Apesar dos recursos escassos, segundo Pedrosa, ao longo dos últimos três anos, a estatal consolidou a efetivação do Contrato de Partilha da Produção de Libra, e foram negociados 14 acordos e pré-acordos de individualização da produção em áreas do pré-sal ? dos quais quatro acordos foram assinados e cinco acordos e pré-acordos encontram-se em andamento, além de seis novos casos próximos do início de negociação.