Cotidiano

Portugal anula extradição de investigado na Lava-Jato

SÃO PAULO. O Supremo Tribunal de Justiça de Portugal anulou a decisão de extraditar para o Brasil o empresário Raul Schmidt, um dos investigados na Lava-Jato. Ele foi preso em Lisboa em março passado, na primeira fase internacional da operação. A autorização havia sido dada pelo Tribunal de Relação de Lisboa em julho último e a defesa de Schmidt recorreu, pedindo que eventual julgamento ocorra em Portugal. A informação é da Agência Lusa de Notícias.

O Tribunal de Relação havia determinado a extradição por fatos ocorridos antes de o empresário ter conseguido nacionalidade portuguesa, em dezembro de 2011.

Schmidt é investigado por lavagem de dinheiro e pagamento de propina a três ex-diretores da Petrobras: Renato Duque, Jorge Zelada e Nestor Cerveró. Era considerado foragido pela Justiça brasileira e foi preso em março passado, na primeira fase internacional da Operação da Lava-Jato. Além de atuar como operador financeiro no pagamento de propinas aos agentes públicos da Petrobras, ele também aparece como preposto de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobras.

O investigado vivia em Londres, onde mantinha uma galeria de arte, e se mudou para Portugal após o início da Lava Jato, em virtude da dupla nacionalidade. Ele foi preso em seu apartamento, localizado em uma região nobre de Lisboa. Cabe ainda recurso ao Tribunal Constitucional.