O delegado Fabiano Moza, da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil, concedeu coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (19), para repassar mais detalhes do andamento da investigação da morte de Daiane de Jesus Oliveira, de 28 anos.
A jovem morreu após ser atropelada no dia 28 de maio deste ano, em frente a uma casa noturna na Rua Paraná, no Centro de Cascavel.
De acordo com o delegado, o inquérito foi finalizado após 52 dias, sendo que foram ouvidas 15 pessoas, entre elas o policial penal que prestava serviço de segurança na casa noturna e agrediu a vítima, e o motorista que atropelou a mulher.
Durante a confusão, o policial penal teria espirrado com spray um produto que prejudicou a visão de Daiane. Desta forma, sem enxergar, ela deitou sobre a rua e foi atropelada.
Fabiano explicou que foram feitas quatro perícias, sendo a causa da morte um traumatismo crânio encefálico.
A última perícia constatou que o automóvel que passou por cima da mulher transitava a 73km/h alguns metros antes, acima da velocidade máxima permitida na via, que é de 60km/h. O delegado também contou que algumas testeminhas disseram que o carro aumentou a velocidade ao se aproximar de Daiane.
Por fim, o policial penal foi indiciado por homicídio doloso, com dolo eventual, crime que tem pena de 6 a 20 anos de reclusão.
O motorista foi indiciado por homicídio culposo no trânsito, pena de 2 a 4 anos, e os outros dois seguranças que viram a situação deverão responder por omissão de socorro, com pena de 1 a 6 meses de reclusão.