LONDRES ? Policiais, jovens muçulmanos, equipes de hospitais e conhecidos das vítimas. Centenas de pessoas se reuniram na Ponte de Westminster, em Londres, nesta quarta-feira, para homenagear as quatro vítimas e os feridos no ataque de semana passada, dia 22 de março. Khalid Masood, o terrorista responsável pelo atentado na área do Parlamento britânico, começou sua ação com um veículo na ponte, atropelando pedestres.
Participaram da homenagem jovens membros da Associação Juvenil Muçulmana Ahmadiyya, organização de caridade islâmica, com cartazes que diziam ?amor para todos, rancor para ninguém?, ?Islã significa paz? e ?Islã diz não ao terror?. Alguns padres também fizeram preces. Às 14h40m, os participantes fizeram um minuto de silêncio, marcando o horário exato do início do atentado, que terminou com o terrorista morto a tiros por policiais.
Para os organizadores, o evento mostrou que as pessoas não devem ficar divididas pelo ataque, pelo contrário: os participantes deram as mãos em uma demonstração de unidade. Algumas pessoas jogaram flores no Rio Tâmisa, enquanto outras usavam camisetas com as frases: ?Eu sou muçulmano. Pergunte-me qualquer coisa?.
Zafir Malik, membro da associação juvenil, disse que o grupo queria mostrar que o ataque não teve nada a ver com o Islã:
? Estamos aqui para mostrar que continuamos unidos com nossos compatriotas e lembrando dos que se foram, especialmente o policial Keith Palmer ? disse. ? Estamos demonstrando solidariedade ao país.
O príncipe William também prestou um tributo ao policial morto, colocando uma coroa de flores no National Memorial Arboretum em Staffordshire, em West Midlands, num dos inúmeros eventos realizados em todo o país para homenagear as vítimas do ataque.
O atentado causou a morte do turista americano Kurt Cochran, de 54 anos; de Leslie Rhodes, de 75; da professora Aysha Frade, de 44, e do policial Palmer, de 48.