PARA DESAFOGAR
Com mais de mil procedimentos, entre processos e inquéritos policiais que ainda precisam ser denunciados pelo Ministério Público de Cascavel, uma força-tarefa foi montada entre o Ministério Público e o Poder Judiciário para desafogar a pauta de julgamentos na cidade.
De acordo com o promotor Alex Fadel, responsável pelas plenárias, processos que seriam definidos somente em 2019 ou mesmo em 2020 poderão ser adiantados com a medida. “Definimos em conjunto que neste mês realizaremos em Cascavel 34 julgamentos de processos que são mais simples, em que o réu confessou ou mesmo que já temos provas suficientes para condená-lo ou mesmo pedir a absolvição, para destravar a pauta que há anos se arrasta em Cascavel”.
Conforme Fadel, a cidade possui um número raro de se ver em qualquer lugar do Brasil. “Do dia 23 de janeiro até 30 de junho faremos 104 plenários. É a média anual de Maringá, Londrina e até Curitiba. Ou seja: em um semestre a Comarca de Cascavel fará mais julgamentos do que diversas cidades bem maiores que Cascavel fazem durante o ano”.
Questionado em relação à demanda dos trabalhos, o promotor disse que Cascavel é uma cidade com inúmeros processos para serem julgados. “Sem contar os julgamentos que serão feitos em junho, ainda temos mais 150 plenários, processos prontos para serem julgados”.
Fadel destacou que em Cascavel existem 600 processos de homicídios, tentados ou consumados, que ainda não estão prontos para julgamento, que estão na fase de audiências e defesa prévia, por exemplo. “Além disso, temos 593 inquéritos policiais sem denúncia, sem processo ainda. Crimes de homicídio que até o presente momento o Ministério Público não denunciou”.
O promotor disse ainda que ao longo do mês serão julgados os processos considerados mais antigos, antes de 2010. “Já se passou muito tempo, mais de sete anos. Uma pessoa ficar esperando um julgamento por todo esse tempo não é razoável. A família ficar esperando também não”.