BRASÍLIA – O governo decidiu exonerar o diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Pereira de Melo, e nomear Larte de Lima Rimoli para o cargo. A determinação, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, é assinada pelo presidente em exercício, Rodrigo Maia, e pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
O nome de Rimoli para o comando da EBC está envolto em polêmica desde que Michel Temer assumiu a interinidade da Presidência, com o afastamento de Dilma Rousseff. Tão logo assumiu a Presidência da República, Temer mudou o controle da EBC e exonerou vários servidores. Ligado a Dilma, Melo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e conseguiu se manter no cargo via liminar. No DOU de hoje, no entanto, ele foi novamente destituído e Rimoli foi alçado ao comando da empresa de comunicação.
Em junho, em meio à polêmica sobre a extinção da empresa pública, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, disse que sua proposta de extinção da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), revelada pelo colunista Jorge Bastos Moreno, ganhava adeptos dentro do governo e que discutiu a proposta com então presidente interino.
Geddel disse ao GLOBO que a EBC se transformou num “cabide de emprego” e “foco de militância”. O GLOBO já revelou que o projeto dos governos petistas de Lula e Dilma de transformar a EBC em uma instituição pública de comunicação consumiu mais de R$ 3,6 bilhões de recursos diretos do Orçamento do governo federal nos últimos oito anos, conforme levantamento feito pela assessoria técnica do DEM, a pedido do GLOBO.