Cotidiano

PIB intensifica queda e recua 0,6% no segundo trimestre

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RIO – A economia brasileira encolheu 0,6% no segundo trimestre, na comparação com os três primeiros meses do ano, divulgou o IBGE nesta quarta-feira. Este é o sexto resultado trimestral seguido com queda na atividade econômica. Em relação ao segundo trimestre de 2015, a perda foi mais intensa, de 3,8%, a nona seguida. Já o resultado acumulado em 12 meses registrou variação negativa de 4,9%. No ano, a economia recua 4,6%. Em valores correntes, a economia atingiu o total de R$ 1,53 trilhão.

No primeiro trimestre, a economia recuou 0,4% na comparação com os três últimos meses do ano passado, no quinto resultado trimestral negativo seguido. O dado foi revisado pelo IBGE. Inicialmente, a queda estimada era de 0,3%. Na comparação com igual período do ano anterior, a economia recuava há oito trimestres seguidos.

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A expectativa de analistas era de que o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) tivesse queda de 0,5% no segundo trimestre, frente ao trimestre imediatamente anterior. As projeções, no entanto, variavam entre perda de 0,9% e alta de 0,6%, segundo a Bloomberg News. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, o cenário previsto era de uma retração de 3,7%, com estimativas entre recuo de 2,9% e 4,8%.

GRÁFICO – PIB acumulado em 12 meses

De acordo com a última pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central com analistas do mercado financeiro, o PIB deve recuar 3,16% este ano. No ano que vem, o desempenho da economia deve ficar no terreno positivo, com expansão de 1,23%.

GRÁFICO – PIB em relação ao mesmo trimestre do ano anterior

Nesta terça-feira, o IBGE divulgou os dados sobre o mercado de trabalho, que mostram o impacto da recessão brasileira no dia a dia das pessoas. O desemprego no Brasil acelerou para 11,6% no trimestre encerrado em julho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. A taxa é a maior da série iniciada em 2012. Um ano antes, o resultado havia ficado em 8,6%. No trimestre encerrado em abril de 2016, que serve como base de comparação, o desemprego já estava em 11,2%.

GRÁFICO – PIB – evolução trimestral