Cotidiano

Pela 4ª vez, Itaipu crava 50 mi de megawatts-hora

Foz do Iguaçu – A usina de Itaipu fechou o semestre, pela quarta vez na sua história – desde quando entrou em operação, em 1984 – com a produção de mais de 50 milhões de megawatts-hora (MWh). A marca de 50,16 milhões de MWh foi atingida na madrugada do último sábado (30). Toda essa energia seria suficiente para atender a demanda de energia elétrica do planeta por 19 horas; do Brasil, por 39 dias; do Estado de São Paulo, por 4 meses e meio; ou do Estado do Paraná, por um ano e oito meses.

Foi a segunda melhor performance para um período de seis meses em 34 anos de funcionamento, atrás apenas do primeiro semestre do ano do recorde mundial (2016), quando, de janeiro a junho, a hidrelétrica bateu a casa dos 51.637.234 MWh e, no ano, atingiu mais de 103,1 milhões de MWh. Nenhuma outra usina hidrelétrica produziu tanto, e com energia limpa renovável, como Itaipu.

Além de 2018 e 2016, Itaipu estabeleceu a marca de mais de 50 milhões também em 2012 e 2013. “Para um ano atípico, de pouca água e com o evento da Copa do Mundo, que requer cuidados especiais, com a adoção de medidas preventivas, virar o semestre com esse desempenho é considerado excepcional”, diz o diretor técnico executivo de Itaipu, Mauro Corbellini.

A afluência hidrológica no mês, por exemplo, foi a pior dos últimos 34 junhos. “É aí que a produtividade se torna chave para uma produção elevada”, complementa o diretor.

Nesse primeiro semestre, o índice de aproveitamento da água para geração de energia atingiu 98,76%, um valor excepcionalmente elevado. “A busca pela eficiência, por fazer mais com menos, é permanente. Dos dez dias de maior produção da Itaipu, nos últimos 34 anos, sete aconteceram em 2018”, ressalta.

No período, a disponibilidade das unidades geradoras foi de 96,8% e a indisponibilidade forçada – índice que mede a indisponibilidade inesperada dos geradores por falha de equipamentos ou humana – foi de apenas 0,11%. Já as falhas na operação em tempo real, com impacto na disponibilidade dos equipamentos, foi zero.

Situação atípica

Itaipu também teve destaque este ano numa situação atípica (perturbações e operações especiais) do maior evento que ocorreu no SNI (Sistema Interligado Nacional) do semestre. Na tarde do dia 21 de março, quando quase toda a Região Nordeste do Brasil ficou sem energia, as unidades geradoras dos setores de 50hz e 60hz da Itaipu, mesmo diante dos transitórios típicos de voltagem e frequência, responderam corretamente. Elas permaneceram interligadas ao sistema nacional, contribuindo para a estabilidade do SIN e a mitigação do problema.

Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Marcos Stamm, “seja em períodos atípicos como a Copa do Mundo ou em épocas normais, a usina tem sido sempre primordial para atender com eficiência e responsabilidade a demanda dos sistemas elétricos do Brasil e do Paraguai”.

Ele lembra que “essa é a principal missão da binacional, mas, além de produzir energia, a usina vem expandindo ações e iniciativas para garantir o crescimento socioeconômico de toda a região oeste do Paraná, assim como tem feito o país vizinho, na sua região de influência”.