Paul McCartney fechou a segunda noite do Desert Trip, neste sábado, apresentando sua já tradicional mistura de sucessos dos Beatles e de sua carreira solo, mas também com uma surpresa para o público. Já chegando ao final do show, ele chamou o ?grande amigo? Neil Young, que havia tocado mais cedo, para acompanhá-lo em duas canções.
Eles dividiram os vocais em ?A day in the life?, dos Beatles, emendada com o coro de ?Give peace a chance?, da carreira solo de John Lennon. Logo depois, Paul pedir para Young fazer um solo de guitarra na música seguinte, ?Why don?t we do it in road?, inédita nos shows solo do ex-Beatle.
Antes da apresentação de Paul, Neil Young já havia tocado por quase duas horas na abertura da noite, mostrando tanta energia quanto os músicos da banda com metade de sua idade. Usando seu característico chapéu preto, Young começou o show ao piano para apresentar “After the Gold Rush”. Depois pegou um violão em “Heart of Gold” e “Comes a Time” antes que a banda, Promise of the Real, se somasse o palco. O show terminou com o músico canadense brincando com a duração do espetáculo, antes de tocar a clássica ?Keep on rockin in the free world?
?Nós só temos mais 40 segundos de show, se vamos respeitar o horário?, disse ele. ?Vamos tocar ?Rockin in the free world? em 40 segundos, ok??, completo. A música durou 8 minutos e meio.
A apresentação teve toques políticos sutis e declarados. O set sem pausas trouxe ainda canções como “Harvest Moon”, “Powderfinger” e “Welfare Mothers”, que Young disse ser a ?nova música de campanha de Donald Trump?. Um momento de destaque foi “Down by the River”, que se tranformou num improviso de 10 minutos.
“Voltem amanhã à noite, porque Roger (Waters) vai construir um muro e fazer o México grande de novo!”, disse Young para a multidão, ironizando o slogan de campanha de Trump.
Roger Waters e The Who tocam neste domingo, fechando o primeiro fim de semana do Desert Trip. Os shows se repetem na semana que vem.