O Paraná começou o ano com crescimento tanto das exportações quanto as importações. As vendas externas cresceram 10,8% em janeiro em relação ao mesmo período do ano passado, passando de US$ 871,2 milhões para US$ 965,6 milhões. As importações, por sua vez, inverteram a tendência de queda do ano passado e voltaram a crescer, com alta de 30% em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, de US$ 737,6 milhões para US$ 958,9 milhões.
Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Com isso, o saldo da balança comercial, diferença entre exportações e importações, ficou em US$ 6,76 milhões.
As importações foram impulsionadas pelas encomendas de óleos e combustíveis, adubos e fertilizantes e autopeças. Se as importações continuarem a crescer nos próximos meses pode ser uma indicação de retomada da economia, diz Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes). Os óleos e combustíveis, por exemplo, são usados em diversos tipos de indústrias para alimentar caldeiras e fornos, por exemplo.
As encomendas de óleos e combustíveis somaram US$ 112,5 milhões, mais de 15 vezes superior ao volume do ano passado (US$ 7,43 milhões). As importações de adubos e fertilizantes cresceram 136,4%, de US$ 32 milhões para US$ 75,6 milhões; e de autopeças cresceram 32,1%, de US$ 54,5 milhões para US$ 57,6 milhões.
Outro destaque foi a importação de cereais, com alta de 224,5%, de US$ 13,3 milhões para US$ 43,1 milhões e a de produtos farmacêuticos, de US$ 9,59 milhões para US$ 24,6 milhões.
FRANGO – As exportações foram impulsionadas pelo crescimento de 38% de carne de frango in natura. O setor ocupou, em janeiro, o primeiro lugar na pauta de exportações do Estado, com uma participação de 19,6%. As exportações passaram de US$ 137, 3 milhões, em janeiro de 2016, para US$ 189,5 milhões em janeiro de 2017.
O Paraná exporta frango para mais de 160 países e responde por 35% dos embarques do produto no País.
Em segundo lugar vieram as exportações de farelo de soja, com alta de 18,5%, de US$ 62,9 milhões para US$ 74,6 milhões. As vendas externas de automóveis, por sua vez, cresceram 47,5%, de US$ 30,2 milhões para US$ 44,6 milhões.
Outro destaque foi a exportação de celulose, que aumentou 370 vezes, de US$ 77,9 mil para US$ 28,9 milhões. Os embarques ganharam fôlego com o início da produção, no ano passado, da fábrica de celulose da Klabin em Ortigueira, nos Campos Gerais.
EXPORTAÇÕES As exportações devem contribuir para um desempenho um pouco melhor da economia do Estado em 2017. A previsão do Ipardes é que o crescimento das exportações seja maior do que no passado, quando evoluíram 1,76%.
E as vendas externas têm um peso na economia estadual maior do que na média do Brasil. No Paraná, elas representam 12% do Produto Interno Bruto (PIB), contra uma média de 10% no País. Ou seja, o crescimento das exportações deve ter um impacto mais positivo na economia paranaense, diz Suzuki Júnior.