RIO – A festa pelo orgulho da diversidade sexual fez uma pausa no Rio em função do luto. Horas após saber dos 50 mortos no massacre na boate gay Pulse, em Orlando (EUA), a 16ª edição da Parada LGBT de Madureira fez um minuto de silêncio pelas vítimas na casa noturna, num ataque armado durante a madrugada de domingo. Personalidades no local destacaram a importância de que seja mantida a luta pelos direitos dos LGBT e contra a homofobia.
Segundo os oreganizadores, o evento chegou a reunir até 1 milhão de pessoas pelas ruas de Madureira. Das 10h às 15h, foram feitas ações sociais, com 1.500 aplicações de vacinas preventivas contra a hepatite-B e o vírus HIV. Em repúdio ao atentado, eles fizeram um minuto de silêncio.
Claudio Nascimento, coordenador do Programa Estadual Rio sem Homofobia, disse que “a comunidade LGBT está de luto”.
? Recebemos com muita consternação a noticia do atentado. Ainda se dissemina a ideia de que é natural ofender, bater e matar homossexuais. Vamos responder a essa barbárie com muitas reflexões. Nos preocupa essa questão no Brasil em razão do aumento da onda conservadora e fundamentalista religiosa no Congresso Nacional. Essa bancada impede que a agenda dos direitos LGBT avance. O que aconteceu nos EUA não está longe de acontecer no Brasil. Massacre em Orlando 12/06
O promoter David Brazil não abandonou o clima de festa, mas afirmou ser “muito triste ver que existem pessoas com tanto ódio no coração”.
? A sexualidade de cada um é problema de cada um. Em pleno 2016, só temos a repudiar um ato como este.
Foi o mote para a organizadora da parada, Loren Alexandre, decretar que “a luta não pode parar”.
? Uma tragédia com essa não pode ser esquecida em todo o mundo. Vamos continuar com os nossos atos a favor da causa LGBT.
O mesmo tom foi adotado por Juju Maravilha, performer estrela do Carnaval carioca.
? A importância da Parada de Madureira é enorme. Os eua não sao um país democrático? O brasil também é uma democracia, mas vale lembrar que ela que ela tem que ser de verdade. As pessoas têm o direito de ser o que querem ser.