Cotidiano

Padilha: sem reforma da Previdência, PEC do teto não significará nada

PORTO ALEGRE – O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta sexta-feira que a aprovação da PEC 241, que fixa um teto para os gastos públicos, se “não significará nada” sem a aprovação da reforma da Previdência. Padilha disse que, se isso não ocorrer, mesmo com o teto, em 2024 todo os recursos do Orçamento estarão comprometidos com o pagamento dos benefícios previdenciários, folha de salários e despesas com Saúde e Educação. Ele voltou a dizer que o rombo na Previdência está entre R$ 145 bilhões e R$ 150 bilhões em 2016 e chegará a R$ 200 bilhões em 2017.

? O déficit tem que ser contido. Há menos gente pagando e muito mais gente recebendo. A PEC da Responsabilidade Fiscal foi aprovada na Câmara e possivelmente será aprovada no Senado. Mas, se não aprovada a Previdência, não vai significar nada. Porque em 2024 todo o Orçamento será para pagar Previdência, folha de pagamento, Saúde e Educação.

Ele disse que o Brasil terá uma idade mínima e que vai caminhar como os outros países, de igual ou acima de 65 anos. Apenas o Brasil e o Equador têm o sistema baseado apenas no tempo de contribuição do trabalhador.

? O Brasil não pode ser o “joãozinho do passo certo”. Mas não vai se retirar direitos. A reforma da Previdência não é feito para o governo ou para o Congresso ? disse Padilha.

A MAIOR BASE ALIADA DE TODOS OS GOVERNOS

Em palestra para empresários gaúchos, Padilha defende a PEC do Teto e disse que o governo Michel Temer tem a maior “base aliada: de todos os governos. E comemorou os votos.

? Todas as votações importantes a gente ganhou Nunca houve votação igual. Nunca teve a base parlamentar que teve agora, nem no governo Itamar Franco, Collor, Lula, Fernando Henrique, Dilma Rousseff ? disse Padilha.

Ao defender a PEC do Teto, Padilha disse que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é o comandante da economia e que o governo teve que fazer um “cavalo se pau”para começar a contornar os problemas na economia.