RIO. O candidato do PSDB à Prefeitura do Rio, Carlos Osorio, enfrentou resistência de parte dos eleitores ao fazer campanha, nesta quarta-feira, em Santa Teresa. O tucano foi chamado de ?golpista?, ouviu manifestação de voto em Marcelo Freixo (PSOL) e de rejeição aos políticos.
? Eu não voto em golpista ? disse uma artesã, que tinha um adesivo de ?Fora Temer? colado no vestido, ao ser abordada pelo candidato do PSDB.
Ao ver Osorio no Largo dos Guimarães, uma mulher gritou: ?45! Freixo!?. A frase é contraditória, já que 45 é o número do PSDB.
Ao se dirigir a uma mulher na porta de um restaurante, ela foi logo dizendo que vai anular seu voto e que não acredita mais nos políticos. Osorio insisitu:
? Mas posso me apresentar? Não sou um político tradicional desses que você odeia. Só peço que você me conheça, depois você decide ? disse ele, entregando um folheto.
Apesar de ser deputado estadual, de ter comando a Secretaria Municipal de Conservação e as secretarias de Transporte tanto da prefeitura quanto do governo do estado, Osorio disse, ao ser indagado pelo GLOBO, que não se considera um político tradicional porque ?não vive de e nem para a política?.
? Eu construí minha vida empreendendo, sonhando, nunca tinha exercido nenhum cargo político antes de ser convidado para ser secretário da prefeitura do Rio em 2010. E fui convidado pelo que construí fora da política. Não sou indicação política de ninguém, trabalhei duro no sonho do Rio de Janeiro de ser sede dos Jogos Olímpicos — disse ele, que participou do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos.
Para Osorio, seu discurso não é de estigmatização da política:
— Eu estou na política, não nego a política, não vejo saída nem solução fora da política. Minha entrada na política foi muito nesse desejo de colaborar e participar. Se as pessoas de bem, que hoje têm uma visão muito ruim da política e dos políticos, não se dispuserem a participar, vai ser difícil buscar as mudanças que a sociedade procura.