Cotidiano

Operação de retirada é retomada após ataques e incêndios em Aleppo

ALEPPO ? Pelo menos 350 pessoas foram retiradas na manhã desta segunda-feira do último reduto rebelde do Leste de Aleppo, na Síria. Ônibus e ambulâncias levaram quem permaneceu na zona controlada por insurgentes, após ataques e incêndios aos veículos que paralisaram a operação de retirada no fim de semana. No entanto, milhares de pessoas ainda esperam a sua vez de deixar a cidade, que é considerada o epicentro da guerra civil síria, em condições altamente precárias, enquanto o Conselho de Segurança da ONU se prepara para votar o envio de observadores para o local.

O número de pessoas que deixaram a cidade diverge entre as diferentes fontes que acompanham a movimentação em Aleppo. Uma autoridade da ONU disse que 50 ônibus e duas ambulâncias deixarram a zona rebelde, enquanto o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) afirmou que 65 ônibus haviam retirado 3,5 mil pessoas do local. Já equipes médicas relataram inicialmente a saída de apenas 350 pessoas dos bairros controlados por insurgentes, e agora alguns médicos já falam em 1,2 a 1,3 mil pessoas que teriam saído.

Dentre as pessoas que finalmente puderam sair de Aleppo, está Bana Alabed, uma menina de 7 anos que ficou conhecida por relatar o seu cotidiano debaixo de ataques aéreos no Twitter. Algumas horas antes, ela havia escrito uma mensagem a autoridades turcas com um pedido para que o cessar-fogo funcionasse e que os moradores de Aleppo fossem retirados em segurança. menina

Uma operação de retirada em saparado também começou nesta segunda-feira na província de Idlib, em que civis puderam deixar áreas controladas pelo governo, atualmente sitiadas por rebeldes. Segundo o OSDH, 500 pessoas saíram dos vilarejos de Fua e Kafraya.

OBSERVADORES INTERNACIONAIS

Enquanto isso, aguarda-se a deliberação do Conselho de Segurança da ONU sobre o eventual envio de observadores para monitorar a operação de retirada em Aleppo. A embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, disse mais cedo que a expectativa é que o texto seja aprovado em unamimidade. No entanto, a Rússia mais cedo rejeitou um plano francês a que classificou de desastre.