KUWAIT – Um comitê conjunto de ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de outras grandes nações produtoras que não integram o grupo concordaram em avaliar a possibilidade de extensão do pacto global para limitar a oferta de petróleo por mais seis meses. A informação consta de comunicado divulgado neste domingo pelo comitê, que está reunido no Kuwait.
A Opep e outros 11 produtores, incluindo a Rússia, concordaram no fim do ano passado em reduzir sua produção em quase 1,8 milhão de barris por dia. O acordo deveria durar seis meses, com a possibilidade de extensão por mais seis meses. A reunião no Kuwait visava justamente a avaliar os impactos do acordo sobre o mercado após o corte de produção.
Mais cedo, um rascunho do comunicado afirmava que o comitê ?reporta altos níveis de concordância e recomenda uma extensão de seis meses? da limitação da oferta de petróleo. O comunicado final, no entanto, foi menos incisivo. Disse apenas que o comitê pediu a um grupo técnico e ao secretariado da Opep que ?revejam as condições do mercado de petróleo? e tomem uma decisão em abril de 2017 ?sobre a extensão dos ajustes de produção voluntários?.
Não ficou imediatamente claro porque as palavras foram alteradas, ainda que uma fonte sênior da indústria tenha dito que o comitê não possui mandato legal para recomendar uma extensão.
– Qualquer país tem a liberdade de dizer se apoia ou não (a extensão). A não ser que tenhamos concordância de todos, não podemos seguir adiante com a prorrogação do acordo – disse o ministro do Petróleo do Kuwait, Essam al-Marzouq, acrescentando esperar uma decisão até o final de abril.
O comitê ministerial do petróleo “expressou sua satisfação com o progresso feito em direção à total concordância com os ajustes voluntários da produção e encorajam todos os países participantes a pressionarem para 100 por cento de conformidade”, disse o comunicado.
O acordo de dezembro, que visava dar suporte ao mercado do petróleo, elevou o preço do petróleo para acima de US$ 50 o barril. Mas o aumento do preço encorajou produtores de óleo de folhelho dos EUA, que não fazem parte do pacto, a impulsionar a produção.