GENEBRA O cancelamento por Israel de permissões de entrada para palestinos após um ataque mortal em Tel Aviv pode representar uma punição coletiva, o que é banido pelas leis internacionais, disse nesta sexta-feira a maior autoridade de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Todos os palestinos estão proibidos de entrar em Israel até domingo, anunciou o Exército israelense, uma medida que reforça as restrições decididas na quinta-feira, no dia seguinte do ataque que deixou quatro mortos e 16 feridos em Tel Aviv
O Exército israelense revogou na quinta-feira permissões para 83 mil palestinos visitarem Israel, e informou que irá enviar centenas de tropas adicionais à Cisjordânia, após um ataque palestino a tiros matar quatro israelenses em Tel Aviv e ferir outras 16 pessoas.
O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, condenou o ataque, mas expressou profunda preocupação com a revogação de permissões, que pode representar punição coletiva proibida e somente irá aumentar o sentimento de injustiça e frustração sentido por palestinos, disse a porta-voz Ravina Shamdasani durante entrevista coletiva.