Cotidiano

ONS alerta para a necessidade de reduzir a vazão de água na usina de Sobradinho no São Francisco

RIO-O “velho Chico” está perdendo forças na vazão de suas águas. O diretor-geral do Operador nacional do Sistema Elétrico ), Luiz Eduardo Barata, disse na manhã desta sexta-feira esperar que até o fim deste ano todos os órgãos envolvidos aprovem o reduzir a vazão da usina de Sobradinho, no Rio São Francisco, principal reservatório para geração elétrica do Nordeste, de 800 metros cúbicos por segundo para 700 metros cúbicos/segundo. Barata disse que se essa redução é necessária não só para poupar o reservatório de água e garantir a geração futura de energia, mas principalmente evitar problemas no abastecimento de água na região já a partir do próximo ano. Na última quinta-feira o nível do reservatório de sobradinho estava em 15,4% segundo dados do ONS.

– Vamos fazer um sacrifício porque vamos reduzir a geração hidrelétrica, nas usinas do São Francisco, mas para assegurar uma continuidade na vazão – destacou Barata.

Se a medida for aprovada pelo governo federal terá de aumentar a geração de mais usinas térmicas na Região, o que implicará em maiores custos. O diretor-geral do ONS explicou que por várias razões, inclusive climáticas, há vários anos as vazões do Rio São Francisco tem caído , e o aumento do armazenamento de água no reservatório de sobradinho permitirá manter um nível estável nas vazões. A vazão do São Francisco vem diminuindo nos últimos anos, passando de 1.300 metros cúbicos por segundo para os 800 atuais. Dentre as razões como as climáticas, ele cita a destruição das matas siliares.

O Segundo o executivo, o ONS vem alertando os vários órgãos envolvidos desde a Chesf, subsidiária da Eletrobras responsável pela geração de energia no Nordeste, a Agência Nacional de Águas (Ana), o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama, e o Ministério de Minas e Energia, o da Integração Nacional, entre outros. Segundo ele, o problema não é só do setor elétrico, mas sim desses várias áreas que envolve o fornecimento de água.

-Estamos alertando que se continuar com esse deplecionamento (gastar a água do reservatório) no final do ano nós corremos o risco de não ter condição de fazer a água passar pelo reservatório – alertou Barata.

A redução da vazão do pela usina de Sobradinho tem o objetivo de aumentar o nível do reservatório da usina. Reduzindo a geração agora para poder gerar mais à adiante.

– A preocupação não é gerar energia, é o abastecimento de água,. Outros problemas são a a questão da poluição do rio, a salinização na foz do rio, com a invasão do mar com vazões muito baixas. Temos que trabalhar par a impedir chegarmos numa situação como essa. É importante esclarecer que essas medidas todas não só só do setor elétrico – destacou.

O executivo disse que a decisão de reduzir a vazão no São Francisco é necessária ser tomada agora porque é um risco esperar a chegada do período úmido, a partir de novembro, quando poderá ter um aumento siggnficativo de chuvas ou pode não acontecer..

Caso seja aprovada a redução da vazão do rio, com a redução da geração de energia na usina hidrelétrica serão acionadas térmicas, mas o diretor-geral do ONS disse que não deverá i ter um impacto sinicativo nos gastos .

A redução da vazão de água do rio São Francisco vai implicar em custos para a realização de algumas obras, cujos custos serão arcados pelo governo federal Luiz Barata explicou que apesar de ser fundamental para preservação do fornecimento de água para a região, a redução da vazão de Sobradinho , também trará desvantagens no curto prazo. Além da redução da geração de energia, no rio abaixo com uma vazão menor, dificulta a captação de água para consumo humano e animal e agrícola., gera problema com a proliferação de algas, e pode criar problemas na foz do rio.

De acordo com o executivo, esses problemas já vem ocorrendo com a redução natural que vem acontecendo na vazão do rio cujo padrão inicial era de 1.300 metros cúbicos por segundo, e já está em 800 metros cúbicos por segundo. Uma das obras necessárias será reaproximar as estações de captação de água para a calha do rio.