Palotina – O Oeste começou o ano com crescimento nas exportações e também nas importações. Ao mercado externo, a região vendeu 30% a mais em janeiro deste ano em relação com o mesmo período do ano anterior, passando de US$ 71.531.211 para US$ 105.170.428. Já as importações cresceram 43% em janeiro, movimentando um volume financeiro de US$ 80.754.881.
Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Com isso, o saldo da primeira balança comercial do ano (exportações menos importações) foi de US$ 33.639.217, valor que é 10% maior do que o registrado no ano passado.
Além do saldo positivo, o Oeste tem ainda outro índice a comemorar. As exportações superaram em quase 20% a média estadual de vendas externas, de 10,8% para o mês de janeiro, totalizando US$ 965,6 milhões. Em todo o Estado, as importações subiram 30%, chegando a US$ 958,9 milhões. Se as importações continuarem a crescer nos próximos meses pode ser uma indicação de retomada da economia, diz o diretor-presidente do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social), Julio Suzuki Júnior.
A alta nas exportações deve contribuir, conforme Suzuki, para um desempenho um pouco melhor da economia estadual durante todo o ano. A previsão do Ipardes é de que as vendas externas cresçam mais do que em 2016, quando tiveram um acréscimo de 1,76%. As exportações têm um peso na economia estadual maior do que na média do Brasil. No Paraná, elas representam 12% do PIB [Produto Interno Bruto], contra uma média de 10% no País. Ou seja, o crescimento das exportações deve ter um impacto mais positivo na economia paranaense, afirma Julio.
Produtos
A balança comercial da região registrou grande volume de exportações de aves e miudezas, que somente em Palotina, o maior exportador do Oeste em janeiro, representou 55% de toda a lista de produtos comercializados a outros países. As aves movimentaram mais de US$ 13 milhões no município. Em seguida está Cafelândia, que também tem grande participação no comércio de aves. O setor é responsável por 80% de tudo que é enviado ao exterior, e responde por US$ 17,1 milhões dos US$ 21 milhões exportados no mês passado.
As importações, por sua vez, se baseiam em milho, adubos e fertilizantes e máquinas e aparelhos elétricos.
Destaques estaduais
As encomendas de óleos e combustíveis, usados em diversos tipos de indústrias para alimentar caldeiras e fornos, somaram US$ 112,5 milhões, mais de 15 vezes superior ao volume do ano passado (US$ 7,43 milhões). As importações de adubos e fertilizantes cresceram 136,4%, de US$ 32 milhões para US$ 75,6 milhões; e de autopeças cresceram 32,1%, de US$ 54,5 milhões para US$ 57,6 milhões. Outro destaque foi a importação de cereais, com alta de 224,5%, de US$ 13,3 milhões para US$ 43,1 milhões e a de produtos farmacêuticos, de US$ 9,59 milhões para US$ 24,6 milhões.
As exportações foram impulsionadas pelo crescimento de 38% de carne de frango in natura. O setor ocupou, em janeiro, o primeiro lugar na pauta de exportações do Estado, com uma participação de 19,6%. As exportações passaram de US$ 137, 3 milhões, em janeiro de 2016, para US$ 189,5 milhões em janeiro de 2017.
Números do Oeste
Exportações
2016 US$ 71.531.211
2017 US$ 105.170.428
+30%
Importações
2016 US$ 50.167.745
2017 US$ 80.754.881