ANCARA ? O presidente americano, Barack Obama, ofereceu a ajuda dos Estados Unidos ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, nesta terça-feira (19), na investigação sobre a tentativa de golpe na Turquia e, ao mesmo tempo, pediu-lhe que respeite o Estado de Direito.
De acordo com a Casa Branca, em um telefonema, Obama insistiu na necessidade de se investigar o episódio, mas com métodos que “fortaleçam a confiança do povo nas instituições democráticas e o Estado de Direito”. Cerca de 50 mil soldados, policiais, juízes, funcionários públicos e professores foram afastados ou detidos desde o levante militar na madrugada de sexta-feira para sábado.
O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, confirmou nesta terça-feira que o país enviou um pedido oficial pela extradição do clérigo Fethullah Gülen, exilado nos EUA desde 1999. O governo tem apontado Gülen como o principal nome por trás da fracassada tentativa de golpe, e criticou a insistência americana na apresentação de evidências antes que Gülen seja extraditado.
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? Já está evidente ? afirmou Yildirim. ? No entanto, daremos aos EUA uma pilha de evidências.
O primeiro-ministro já havia criticado o pedido de evidências feito pelo secretário de Estado americano, John Kerry, perguntando aos americanos se Washington pedira evidência quando exigiu a extradição dos terroristas por trás do 11 de setembro.
? Não protejam mais esse traidor ? pediu o premier. ? Todos os golpes são riuns, mas, em nossa História, nenhum foi tão violento quanto o do dia 15. Nenhum lançou bombas sobre o Parlamento turco.
