VIENA – Como ocorre com a maioria das obras de arte de galerias de todo o mundo, os visitantes não podiam tocar em “O Beijo”, quadro de Gustav Klimt, no museu Belvedere de Viena… até agora. Nesta quarta-feira foi apresentada uma versão tridimensional desta obra-prima com o objetivo de permitir que deficientes visuais possam desfrutar deste trabalho através do tato.
O “relevo tátil interativo”, produzido com uma impressora 3D, permite que as pessoas toquem em todos os detalhes desta peça criada entre 1907 e 1908, explicou a instituição.
Klimt criou “O Beijo”, que mostra um casal se beijando, utilizando pinturas e lâminas de ouro batido no auge da “belle époque” de Viena.
A nova reprodução, muito menor que a original, também conta com sensores que ativam comentários de áudio à medida que os dedos deslizam sobre a obra.
? Queremos iniciar um novo capítulo ao tornar a arte acessível para os cegos e as pessoas com deficiência visual ? destacou Rainer Delgado, da Associação Alemã de Cegos e Pessoas com Deficiências Visuais (DBSV). ? Talvez no futuro (elas) tenham impressoras 3D em suas casas e possam baixar arquivos 3D dos sites dos museus.
A ação faz parte de um projeto da União Europeia chamado de AMBAVis (Acesso a Museus para Cegos e Pessoas com Deficiência Visual, em inglês) para facilitar o acesso à arte de pessoas com deficiências visuais.