Ao menos 12 civis morreram nesta segunda-feira em bombardeios aéreos em Aleppo, o que eleva a 45 o número de mortos nesta cidade do norte da Síria em 24 horas, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Cinco crianças estão entre os mortos no bairro de Marje, na zona leste de Aleppo, controlada pelos rebeldes, e dezenas de pessoas ficaram feridas ou permanecem sob os escombros.
Aleppo, a segunda maior cidade da Síria e um ponto importante do conflito, está dividida desde 2012 entre os bairros do leste controlados pelos opositores ao presidente Bashar al-Assad e os bairros da zona oeste controlados pelo regime. As forças sírias e sua aliada Rússia submetem os bairros rebeldes e os quase 250.000 habitantes a uma chuva de bombardeios aéreos desde 22 de setembro.
Nas últimas 24 horas, o bombardeio mais violento aconteceu durante a noite no bairro rebelde de Qaterji, onde ataques russos deixaram 17 mortos, de acordo com o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.
Um correspondente da AFP nos bairros da zona leste da cidade observou nesta segunda-feira um grupo de emergência, os capacetes brancos, trabalhando nos escombros em busca de quase 20 pessoas desaparecidas. Um dos voluntários afirmou que o grupo teve que interromper os trabalhos em vários momentos pelo temor de novos ataques aéreos.
A guerra da Síria deixou 300.000 mortos desde seu início, em março de 2011, após a violenta repressão das manifestações pró-democracia realizada pelo regime.
ASSAD PEDE AJUDA AO EGITO
Em visita ao Egito, o chefe do Departamento de Segurança Nacional da Síria e assesor de Assad, major-general Ali Mamlok, se reuniu com lideranças da agência egipcia de inteligência a fim de fortalecer a ?cooperação na luta contra o terrorismo?. Os dois países lutam contra extremistas do Estado Islâmico e têm conflitos com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.