Cascavel – Um “grande equipamento” estacionado em frente à Prefeitura de Cascavel chamou a atenção de quem passou pelo local ontem (4). A máquina é a nova Usina de Asfalto que foi comprada pela a Sesop (Secretaria Municipal de Serviços e Obras Públicas) no fim do ano passado e entregue ao Poder Público nesta semana. Ela foi fabricada no Rio Grande do Sul e tem o triplo da capacidade de produção da usina atual.
De acordo com o secretário de Obras, Sandro Rocha Rancy, a produção da usina atual é de 30 toneladas de asfalto por hora, mas esta nova chega atingir a 100 toneladas por hora. A licitação foi realizada no fim de novembro do ano passado com valor máximo de 4.612.500,00, mas a empresa vencedora ofertou lance de R$ 4.220.000,00, atingindo quase 10% de desconto no valor total.
A reportagem do Jornal O Paraná já havia trazido a notícia ainda na metade do ano passado quando a Sesop fazia estudos para lançar o edital de licitação do equipamento que trará ainda mais agilidade nos serviços municipais, principalmente, para as operações tapa-buracos. Com uma demanda bastante alta e devido ao tempo de uso da usina atual, que está completando 34 anos de funcionamento, o antigo equipamento não tinha mais capacidade para suprir a necessidade de produção e, além disso, acabava apresentando problemas de manutenção de forma recorrente devido ao tempo de uso.
Rancy disse que a partir de agora o objetivo é dinamizar e ampliar o trabalho na malha viária urbana e o próximo passo é ampliar a quantidade de equipes que trabalham no serviço de tapa-buraco. A nova usina será montada ao lado da atual, na Pedreira Municipal e a ideia, conforme o secretário, não é de desativar a antiga, mas deixar as duas funcionando caso alguma delas apresente algum problema técnico, ou seja, garantir a continuidade dos trabalhos.
Em 2022, principalmente devido ao período de chuvas mais intensas, muitas vias apresentaram problemas recorrentes no pavimento, gerando muitos transtornos e prejuízos aos condutores. Para complementar o serviço, além da usina a Sesop está adquirindo também novos caminhões para ampliar o serviço, passando de duas para três a quantidade de equipes que trabalham diretamente na manutenção das vias.
Os novos caminhões semi-automatizados também têm uma nova tecnologia para armazenar e para despejar o material para a cobertura dos buracos. O secretário explicou que, com a ampliação, uma das equipes fique nos trabalhos de reperfilamento das vias. Além disso, outras obras de maior amplitude também estão sendo licitadas pela Sesop.
Cascavel tem um total de 10,5 milhões de metros quadrados de asfalto e algumas vias principais que ligam os centros ao bairro estão em obras ou ainda vão receber as melhorias, deixando as vias de “cara nova”. Segundo Rancy, será feito trabalho de micro revestimento em diversas vias em que a operação com tapa-buracos não consegue garantir qualidade na pista de rolamento. “Nosso foco é sempre de fazer o emergencial, mas buscando melhorar o que temos e também fazer prevenção”, explicou. Cerca de 98% das ruas da cidade são asfaltadas.
Contrato cancelado
Paralelo à reestruturação da usina de asfalto do Município , outros problemas estão tendo que ser enfrentados pela Sesop, como atraso de obras e cancelamento de contratos. No fim de março, a Prefeitura de Cascavel cancelou o contrato com a empresa CS Engenharia, que realizava obras no asfalto nos bairros Tarumã e São Cristóvão, devido à demora na execução dos serviços. O único contrato que continua em execução é o do asfaltamento das ruas do Lago Azul. As obras iniciaram em março de 2020 e vinham se arrastando desde então, sendo que apenas 37% foram executados.
Agora, o Município deve concluir os reparos nas ruas em que os serviços já tiveram início, mas não foram concluídos. Para as obras no Tarumã e São Cristóvão, um novo processo licitatório será aberto para o trabalho nas vias nas quais as obras não começaram e, devido aos trâmites burocráticos, a população ainda terá que aguardar mais um pouco para ter o asfalto em frente a sua moradia.
As chuvas constantes também atrasaram as obras de diversas outras vias, como a Avenida Rocha Pombo, Viaduto Olindo Periolo e ruas Minas Gerais e Olavo Bilac. Todos estão com o cronograma atrasado.
Foto: Katúscia da Silva