RIO – Separadas por um oceano, Paris e Orlando mostram uma indesejável caraterística em comum: as duas cidades foram alvo de um extremismo que não suporta a tolerância, a liberdade e a alegria de viver.
Na capital francesa, terroristas do Estado Islâmico foram à zona boêmia e abriram fogo contra restaurantes, o Stade de France e a casa de shows Bataclan ? locais onde a juventude parisiense se diverte. No fundo, o objetivo dos atentados de 13 de novembro do ano passado era atingir o modo de vida ocidental. Deixaram mais de 130 mortos, mas não dobraram o espírito da cidade, determinada a continuar com sua rotina, apesar do aumento da segurança.
Em Orlando, o ataque a uma boate no mês do Orgulho Gay não parece ser ao acaso. O grupo extremista tem um histórico de execução de homossexuais nas áreas sob seu domínio. Passando nos últimos tempos de alvos militares a civis, teria novamente na mira locais marcados pela tolerância.
No caso da Pulse, o objetivo se torna ainda mais visível não só por ser uma casa noturna, mas também por estar ligada à defesa dos direitos da comunidade LGBT ? algo que parece ser incompreensível para os membros do Estado Islâmico.