WASHINGTON ? Uma pesquisa do Pew Research realizada em 10 países europeus aponta que 77% das pessoas do velho continente ?confiam? no presidente Barack Obama, na reta final de seu mandato. O percentual chega a 86% na Alemanha, 84% na França e 79% no Reino Unido. O resultado mostra uma diferença muito grande em relação aos últimos meses do presidente George W. Bush, confiável para apenas 20% dos europeus.
Mas em todos os 15 países avaliados ? incluindo nações da América do Norte, Ásia e Oceania ?, Obama é melhor avaliado no quesito ?confiança? que a alemã Angela Merkel (inclusive na Alemanha, onde o americano tem 86% de confiabilidade, contra 73% de Merkel). Na média dos 10 países europeus, 50% confiam na chanceler alemã, contra 43% que não confiam. Na Grécia, apenas 10% confiam em Merkel, contra 89% que não confiam nela. Vladimir Putin só tem mais de 40% de pessoas que o consideram confiável na Grécia e na China.
A pesquisa indica ainda que os dois prováveis candidatos para a Casa Branca, contudo, não têm tanta simpatia: a democrata Hillary Clinton é apontada como ?confiável? por 59% dos europeus e o republicano Donald Trump por apenas 9%. No vizinho Canadá, 80% não confiam em Trump, contra 14% com uma visão favorável do magnata, que tem seus melhores resultados justamente na Ásia: 22% dos chineses confiam nele, patamar próximo ao registrado na Itália (21%) e na Hungria (20%). Na Grécia, por sua vez, apenas 3% dos entrevistados confiam no bilionário.
O levantamento aponta ainda que 63% dos europeus tem uma visão favorável dos Estados Unidos, contra 30% que disseram ter uma visão desfavorável. Foram realizadas pesquisas na Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Polônia, Hungria, Itália, Suécia, Holanda e Grécia. O levantamento completo abrange mais cinco países: Canadá, Japão, Índia, China e Austrália. Apenas na Grécia a visão favorável aos Estados Unidos não é majoritária, com 38% do total.
O levantamento mostra ainda que, nestes países, pessoas de direita tem uma visão mais favorável aos EUA que quem se classifica como de esquerda e que jovens são mais abertos aos EUA que os mais idosos. Na China, 39% dos entrevistados vêem os EUA perdendo importância global, enquanto 35% acreditam que esta importância está aumentando. Na Índia, por sua vez, apenas 16% veem perda da influência dos EUA, enquanto 57% acrditam que ela está crescendo. Dos 15 países, em apenas 5 (Alemanha, Itália, Hungria Polônia e Índia) menos de 50% das pessoas entrevistas não associam o termo ?arrogante? aos americanos.
Dos 15 países alvo da pesquisa, em apenas três deles, Canadá, França e Austrália, mais pessoas acreditam que a China lidera a economia global atualmente, ao invés dos Estados Unidos, que lidera nas outras 12 nações. A China, contudo, tem uma visão desfavorável maior que a favorávem em dez países: Estados Unidos, Suécia, Reino Unido, Polônia, França, Itália, Alemanha, espanha, Índia e Japão. Em dois há empate (Holanda e Hungria) e no Canadá e na Austrália a visão da China é mais favorável que desfavorável.