RIO – A denúncia oferecida nesta sexta-feira pelo Ministério Público Federal (MPF) contra Eike Batista no âmbito da Operação Eficiência, um desdobramento da Lava-Jato no Rio, prevê pena de até 26 anos para o empresário pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A mesma imputação se estende ao ex-governador Sérgio Cabral e sua mulher, Adriana Ancelmo, e ao advogado e homem de confiança de Eike, Flavio Godinho.
Segundo o MPF, Eike é acusado de pagar vantagem indevida ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) de US$ 16,5 milhões para que ele atuasse em suas funções de modo a favorecer os interesse privados no Estado do Rio das empresas administradas por ele. O MPF afirma conclui ainda que Eike efetivou o pagamento por meio de operadores indicados pelo peemedebista.
No total, nove pessoas foram denunciadas. Além de Eike, Godinho, Cabral e a mulher Adriana Ancelmo, o ex-secretário de Governo Wilson Carlos, apontado como operador do ex-governador; Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, acusado de ser operador exclusivo do peemedebista; o empresário Luiz Arthur Andrade Correia (Zartha); e os doleiro Renato Hasson Chebar e o irmão Marcelo Hasson Chebar.
As operações Calicute e Eficiência tiveram como objetivo aprofundar as ramificações da organização criminosa liderada por Cabral, que foi responsável pela prática dos crimes de corrupção, fraude a licitações, evasão de divisas e lavagem de capitais envolvendo contratos para realização de obras públicas pelo Estado do Rio de Janeiro com verbas da União.
Segundo o MPF, a produção de novos elementos de prova foi possível a partir da análise de depoimentos, quebras de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático, documentos arrecadados em diversas buscas e apreensões e acordos de colaboração devidamente homologados por esse Juízo.