Cotidiano

MPF pede a condenação de nove ex-diretores do banco Panamericano

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SÃO PAULO – O Ministério Público Federal de São Paulo pediu a condenação por gestão fraudulenta de nove ex-diretores do Banco Panamericano. Os crimes contra o sistema financeiro nacional foram cometidos entre os anos de 2007 e 2012, causando um rombo de mais de quase R$ 4 bilhões à instituição que pertencia ao Grupo Silvio Santos. O banco foi vendido à Caixa Econômica Federal.

A denúncia já havia sido feita e acatada pela justiça em 2012. Na ocasião, haviam sido denunciados 17 funcionários do banco. Agora, o MPF entregou à Justiça o que chama de memoriais. Na prática, são as alegações finais onde a defesa e a acusação resumem o caso e apresentam as razões pelas quais defendem a condenação ou a absolvição dos réus. Nesta fase, o MPF acabou pedindo a absolvição de oito do 17 réus que haviam sido denunciados quatro anos atrás.

O procurador Rodrigo de Grandis, responsável pelo caso pediu a condenação de Luiz Sebastião Sandoval, ex-presidente do Conselho de Administração do banco; Rafael Paladino, ex-superintendente; Wilson Roberto de Aro, ex-diretor financeiro; Marcos Antônio Pereira da Silva, chefe de contabilidade; Claudio Baracat Sauda, ex-diretor de controladoria e ex–gerente de compliance; Adalberto Savioli, ex-diretor de crédito; Antônio Carlos Quinta Carletto, ex-diretor de cartões; Eduardo de Ávila Pinto Coelho, ex-diretor de tecnologia da informação e Luiz Augusto Teixeira de Carvalho Bruno, ex-diretor jurídico. As penas variam de um mínimo de três anos até 78 anos de prisão.

O MPF agora pediu a absolvição de cinco ex-diretores e três funcionários do banco: Marcos Augusto Monteiro; Maurício Bonafonte dos Santos; Carlos Roberto Vilani; Elinton Bobrik; Mario Tadami Céu; Vilmar Bernardes da Costa; José Maria Corsi e João Pedro Fassina.

Segundo a denúncia, fraudes contínuas nas demonstrações contábeis do Banco Panamericano permitiram a criação positiva de um resultado positivo superior a R$ 3,8 bilhões (valores não atualizados). Com isso, eles receberam bônus mais generosos e outros pagamentos irregulares de mais de R$ 100 milhões. Para fraudar o balanço do bancos, eles extinguiram dívidas e substituídas por novas operações de crédito. Também transferiram as dívidas em situação de inadimplência para a Panamericano Administradora de Cartões.