Cotidiano

Milhares se manifestam contra reforma educacional no Chile

201608041744389232_AP.jpg SANTIAGO ? Milhares de estudantes chilenos voltaram a se manifestar nesta quinta-feira, em Santiago, contra o projeto de reforma educacional conduzido pela presidente Michelle Bachelet. O protesto, que começou na Praça Itália, centro de Santiago, acontece um mês depois que Bachelet enviou ao Congresso a lei que estabelece a gratuidade para a educação superior. Há uma decada, aconteceram as primeiras manifestações estudantis e, desde então, o país já teve centenas de marchas nas ruas.

Mas a gradualidade do projeto e os prazos incertos de implementação da iniciativa – cujo financiamento foi vinculado a elevadas projeções de crescimento da economia – não agradaram a ninguém. Este foi o motivo que levou os estudantes a sair às ruas em uma manifestação que, de acordo com os organizadores, reuniu 50.000 pessoas na capital chilena.

Assim que começou a marcha, ocorreram alguns incidentes. Grupos de pessoas encapuzadas atacaram com pedras a polícia, que respondeu com gases lacrimogêneos e jatos d’água.

O protesto terminou com 51 detidos, incluindo 27 menores e 24 adultos, segundo a polícia.

A passagem da marcha pela avenida Alameda, no centro da capital, provocou o fechamento de estabelecimentos comerciais e agências bancárias devido ao temor de ataques e saques pelos encapuzados. O tráfego deu um nó, provocando congestionamentos em várias vias.

Outro grupo de encapuzados que se desprendeu do protesto atirou bombas incendiárias em uma igreja católica . O mesmo local havia sido atacado em uma marcha anterior – um ato investigado pelas autoridades.