BRASÍLIA – Fora dos holofotes que o mostraram no centro da cena política na última semana, quando foi alçado á presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador Edison Lobão (PMDB-MA) preferiu o silêncio sobre a operação da Policia Federal que tem como alvo um de seus filhos, Márcio Lobão. Procurado, mandou que se procurasse os advogados. Já o filho, através dos advogados, se disse inocente e chamou a operação Leviatã de ?drástica medida judicial?.
A operação mira também o ex-senador Luiz Otávio, ligado ao mesmo grupo políticos dos Lobão e do senador Jader Barbalho.(PMDB-PA). O presidente da CCJ não apareceu hoje no Senado.
? Não vou me manifestar. Sobre esse assunto fala o advogado do meu filho, que é Aristides Junqueira ? mandou dizer o senador Edison Lobão, através da assessoria.
Procurado, Junqueira divulgou uma nota em nome de Márcio Lobão, que disse desconhecer as razões que levaram a busca e apreensão em sua residência hoje cedo.
?A respeito da busca e apreensão realizada hoje na residência de Márcio Lobão, no Rio de Janeiro, ele, por intermédio de seus advogados que subscrevem a nota, reitera que nenhum ilícito cometeu, apesar de não ter conhecimento das razões que justificam a drástica medida judicial?, diz a nota assinada por Aristides Junqueira e Luciana Moura Alvarenga.
Com o Senado já esvaziado, a operação teve pouca repercussão na Casa. Mas o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE), ressaltou a normalidade do funcionamento das investigações da Operação Lava-jato.
? (A operação Leviatã) Mostra que as instituições estão funcionando ? declarou Eunício.
Já o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que perdeu a disputa do comando da CCJ para o grupo comandado pelo líder do PMDB Renan Calheiros (AL) e o ex-senador José Sarney, foi quem pareceu mais satisfeito com os holofotes da Polícia Federal na família Lobão.