Cascavel- A Semana Mundial do Aleitamento Materno surgiu em 1991, durante reunião em Nova York, entre a OMS (Organização Mundial da Saúde ), e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância ). No Brasil, a semana é comemorada desde 1999, coordenada pelo Ministério da Saúde. Em 2017, foi sancionada a Lei nº 13.435, que institui o mês de agosto como o Mês do Aleitamento Materno. “Apoie a amamentação para um planeta mais saudável”, foi o tema escolhido este ano pela Organização Mundial da Saúde.
No Brasil, segundo a OMS, a média de aleitamento materno é de apenas 54 dias e apenas 38,6% dos bebês chegam até os seis meses de idade mamando exclusivamente leite materno, contrariando pesquisas sobre benefícios de saúde na infância, que orientam o aleitamento exclusivo até seis meses de idade e amamentação complementar, no mínimo, até dois anos, por isso, grupos voluntários de apoio a mães e gestantes buscam formas de incentivar essa conscientização.
Agosto Dourado
Para alertar sobre a necessidade da amamentação exclusiva foi criado o Agosto Dourado. A ideia é a mesma do Outubro Rosa e do Novembro Azul, quê servem para orientar a população e mobilizar sociedade, órgão públicos e privados sobre temas importantes.
Cor dourada
O nome do movimento, Agosto Dourado foi escolhido por se tratar de algo valioso, segundo o Ministério da Saúde. O leite materno é considerado um alimento de qualidade ouro para bebês e crianças.
Ações acontecem em todo o Paraná
Coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde, a agenda do Agosto Dourado no Paraná prevê a realização de atividades em todo o Estado através de parcerias com as prefeituras, bancos de leite humano e entidades de apoio à saúde da mulher. O objetivo das ações é intensificar a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Palestras e cursos de orientação sobre a importância do aleitamento, a forma correta da amamentação e o funcionamento dos bancos de leite humano integram a programação que envolve além das mulheres,os companheiros, os familiares e a comunidade.
Mamaço Virtual e lives
A SMAM (Semana Mundial do Aleitamento Materno ), também será comemorada em Cascavel por grupos de apoio a mães e gestantes que preparam atividades on-lines e gratuitas para comemorar o Agosto Dourado, devido o isolamento social. “Este ano, a importância da amamentação veio à tona com a pandemia, por isso, mais do que nunca, precisamos levar informações às famílias para que empoderem e incentivem as gestantes e as mães que amamentam”, explica Karine Gaffuri, coordenadora do Gesta Cascavel, Grupo de Apoio ao Parto Ativo, e consultora em aleitamento.
O Gesta Cascavel e o Maternar Cascavel, grupo de apoio a mães puérperas, organizaram uma série de bate papos ao vivo, online, para abordar diversos aspectos da amamentação. “Amamentar parece fácil, instintivo, mas não é. Existem muitos mitos e pouca informação de qualidade sobre esse caminho cheio de barreiras que é a amamentação. E a cultura da mamadeira prevalece sobre a mãe exausta, com peito rachado e falta de apoio para voltar ao trabalho. Não é nada romântico amamentar até os dois anos do bebê se a mulher não tem informação, nem apoio”, ressalta Mayra Chagas, uma das coordenadoras do grupo Maternar.
A programação pretende ajudar não só as mães, mas também as famílias, empregadores de mães com bebês e profissionais de saúde e será diferenciada por conta da pandemia, contando com lives de 03 a 07 de agosto, às 20h, no Instagram do Gesta (@gestacascavel) e do Maternar (@maternarcascavel). O Mamaço não será presencial, mas as mães que quiserem apoiar o Mamaço Virtual podem enviar fotos de incentivo à amamentação nas redes sociais. As fotos serão divulgadas no sábado, dia 08 de agosto.
Doação
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, mais de 330 mil crianças nascidas a cada ano são prematuras ou têm baixo peso e precisam da doação de leite materno para sobreviver. O número representa 11% do total de crianças nascidas no país, média de 3 milhões por ano.O país possui 224 Bancos de Leite Humano e 217 postos de coleta, além da coleta domiciliar em alguns estados. O Paraná conta atualmente com 13 bancos de leite humano e 18 postos de coleta de leite materno.