BRASÍLIA – Apesar das investidas de aliados de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira que colocará em votação no plenário da Casa, no dia 12 de setembro, a decisão do Conselho de Ética sobre o caso do deputado afastado – recomendando a cassação de seu mandato -, e não um projeto de resolução, como queriam esses aliados. Caso isso ocorresse, seria possível aprovar, em plenário, uma pena mais branda para Cunha.
– Vou votar como os últimos processos foram votados. Não disse que minha decisão também se baseava no prazo médio entre leitura e cassação? Estou usando a mesma regra dos outros (casos), não vou mudar a regra dos outros – garantiu.
Sobre estratégias de Cunha e aliados para esvaziar a sessão da Câmara, marcada para uma segunda-feira, Maia disse que fazem parte do “jogo político”, mas que, caso isso ocorra, que cada parlamentar “assuma a responsabilidade”.
– Não vejo problema no jogo político, mas minha obrigação é pautar e votar com quorum alto.
O presidente voltou a dizer que não votará o processo contra Cunha no plenário se não houver quorum elevado no dia marcado.
– Se ele (Cunha) conseguir tirar quorum no dia 12, no dia 13 e no dia 14, eu não voto. E cada um assuma a responsabilidade de estar ou não aqui. Mas, se ele acha que vai perder, a estratégia que tem que usar é pedir para os deputados não virem. Não acho que está errado, cada deputado é dono de seu mandato – afirmou.