BRASÍLIA – As loterias administradas pela Caixa Econômica Federal arrecadaram cerca de R$ 12,8 bilhões no ano passado, o equivalente a 0,21% do Produto Interno Bruto (PIB). O número representa uma queda de 13,8% em relação aos R$ 14,9 bilhões arrecadados em 2015, ou 0,25% do PIB.
Com esse comportamento, a arrecadação com a loteria voltou, em 2016, para o patamar de 2013. Naquele ano, como em 2012, ela foi equivalente a 0,21% do PIB. Esse percentual começou a crescer em 2014, quando atingiu 0,24% do PIB. E voltou a cair no ano passado.
Em nota, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda, que regula as loterias federais, explicou que essa queda decorreu da retração da atividade econômica no país. Segundo a Seae, mais de R$ 5 bilhões do total arrecadado foram repassados para ?investimentos em áreas prioritárias para o desenvolvimento do país?. A Seguridade Social foi a que recebeu a maior fatia de recursos: R$ 2,1 bilhões.
Ao todo, R$ 1,2 bilhão foi destinado ao Programa de Financiamento Estudantil do Ensino Superior (Fies) e R$ 950 milhões foram para fomento do esporte nacional: para a realização das Olimpíadas, Paralimpíadas e para a Confederação Brasileira de Clubes. Montantes menores, de R$ 359 milhões e R$ 385 milhões foram para o Fundo Nacional da Cultura e para o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e a Cruz Vermelha receberam R$ 8,9 milhões.
O governo ainda arrecadou R$ 1,07 bilhão de Imposto de Renda sobre prêmios pagos. Ou seja, do total do faturamento das loterias federais, R$ 6,1 bilhões foram destinados aos cofres públicos.