SÃO PAULO – A Lojas Americanas vê pouco espaço para alta de preços no segundo semestre, apesar da pressão de alguns fornecedores para reajustes, dado o cenário macroeconômico ainda desafiador no país.
? A pressão existe dado o movimento inflacionário, mas trabalhamos com a visão de que nossos clientes não têm condições de absorver mais aumento de preços ? disse o diretor financeiro e de relações com investidores da varejista, Murilo Corrêa.
Em teleconferência com analistas, ele afirmou que a companhia tem procurado rigorosamente não permitir os repasses ou minimizar o impacto nas negociações com fornecedores.
Ainda assim, Corrêa reiterou seu otimismo com a segunda metade do ano, com eventos relevantes como Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal destacando que a varejista tem um componente sazonal importante.
? Temos tudo para fazer um excelente segundo semestre ? disse, argumentando que a evolução do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia mostra que a empresa está na direção correta.
A varejista fechou o primeiro semestre com Ebitda consolidado ajustado de R$ 1,12 bilhão, alta de 17,4% na base anual, com a margem subindo a 14,2%.
O comportamento da margem chamou a atenção dos analistas, com a varejista atribuindo a alta a uma conjugação de fatores, como aperfeiçoamento de processos, particularmente do ponto de vista logístico que ajuda no sortimento de produtos nas lojas.
A antecipação de pagamento a fornecedores também foi citada como componente para a evolução da margem. “Essas operações de antecipação geram oportunidades comerciais e isso certamente ocorreu”, explicou o executivo.