Cotidiano

Lendas do rock, Bob Dylan e Eric Clapton lançam discos nesta sexta

RIO — Sexta-feira é, tradicionalmente, o dia reservado para os lançamentos na indústria musical. Depois de semanas mornas (com exceção de “A moon shaped pool”, do Radiohead), duas prolíficas lendas do rock lançaram, neste dia 20, novos trabalhos: Bob Dylan, com “Fallen angels” (seu 37º álbum de estúdio), e Eric Clapton, com “I still do” (24º).

Após ter suas canções regravadas por centenas de outros artistas através do século passado, Bob Dylan, considerado um dos maiores compositores da História, resolveu inverter o jogo mais uma vez. “Fallen angels” mantém o mesmo tema e chega um ano depois de “Shadows in the night”, com reinterpretações de clássicos da música americana popularizados por Frank Sinatra, como “Young at heart” e “That old black magic”.

Enquanto isso, o lendário guitarrista Eric Clapton joga na praça seu primeiro trabalho após ultrapassar a faixa dos 70 anos (ele está com 71). Nele, o britânico volta a trabalhar com o produtor Glyn Johns, que também esteve por trás do álbum mais popular do músico, “Slowhand”. Entre os covers, aparece a relativamente obscura “I dreamed I saw St. Augustine”, de Bob Dylan, e “I’ll be seeing you”.

Ainda no departamento “grandes nomes do rock”, o recém-aposentado grupo americano Grateful Dead ganhou uma sonora (em todos os sentidos) homenagem em “Day of dead”, um tributo organizado em disco triplo de quase cinco horas e meia de duração. No total, 59 músicas do grupo criado por Jerry Garcia, Bob Weir, Phil Lesh, Bill Kreutzmann e Ron “Pigpen” McKernan em 1965 foram regravadas por músicos de destaque da cena contemporânea (Mumford and Sons, The War On Drugs, Kurt Vile and the Violators, Courtney Barnett, Unknown Mortal Orchestra) e nomes mais veteranos (The National, J Mascis, Charles Bradley, Winston Marshall, Lee Ranaldo, Wilco). O próprio Bob Weir, guitarrista e vocalista da banda, participa de algumas faixas.

E a música pop também teve seu espaço com “Dangerous woman”, terceiro álbum da estrela teen Ariana Grande. Com o disco, ela traz com a missão de convencer os fãs ex-crianças de que ela está crescendo com eles, e também de mostrar a possíveis novos admiradores que a cantora de 22 anos é capaz de se arriscar em temas mais, digamos, adultos.