RIO ? Os donos da lanchonete Puffs of Doom, de Chicago, não gostaram nada da proibição de vender alimentos com carne animal imposta pelo cantor e compositor Morrissey durante seu show no festival Riot Fest, no mês passado. Tanto que, em protesto, decidiram batizar um sanduíche de “Pork Morrissey” (ou “Porco Morrissey”, em tradução livre). O lanche leva carne suína e quatro tipos diferentes de queijo.
A prática de Morrissey está longe de ser novidade. Vegetariano radical, o ex-vocalista dos Smiths costuma impor em contrato o veto à comercialização de qualquer comida com carne animal em suas aparesentações. Como a participação do inglês em festivais é algo raro, isso não costuma causar uma grande dor de cabeça para a produção do evento. Mas o Riot Fest cedeu à imposição de um de seus headliners e pediu para todas as lanchonetes do evento pararem de cozinhar e vender carne durante o show de duas horas, “em respeito a Morrissey e a seu ativismo pelo direito dos animais”.
O site local “DNA Info” conversou com os proprietários do Puffs of Doom, que disseram considerar a probição “ridícula”, e acusaram o cantor e sua equipe de “fazer bullying” com pequenos negócios.
Luke Petillon, co-proprietário da lanchonete, disse não ter nada contra o vegetarianismo de Morrissey, mas que não concorda com “a maneira com que ele tenta empurrar suas opiniões pela goela do público”.
“Isso intimida esses pequenos empreendedores que já estão passando por um período difícil. E essa postura dele não muda nada, na prática”, afirmou Petillon.