Cotidiano

Kenji Fujimori não votou na irmã Keiko

1465172320_592925_1465172580_noticia_normal_recorte1.jpgLIMA – O parlamentar mais votado do Peru em 2016, Kenji Fujimori, decidiu no domingo não votar em sua irmã, Keiko, de quem discorda por estar no lado ‘albertista’ do fujimorismo, que tende a não reconhecer os erros e crimes do governo de 1990-2000 e que pede abertamente que o réu deixe a prisão, pois considera que o julgamento deve ser declarado nulo, informa o jornal “El País”. Já a candidata Keiko indica publicamente que se chegar ao poder não vai intervir a favor de seu pai, que cumpre uma pena de 25 anos de prisão por crimes de lesa humanidade e corrupção, que concluirá em 2031.

Kenji Fujimori representa visivelmente o setor mais duro do fujimorismo desde 2011, quando foi pela primeira vez candidato ao Congresso, com uma campanha consistente em presentear bicicletas e cozinhas em bairros pobres e assentamentos humanos. Essa forma de fazer política, clientelista, acompanhou desde criança, como filho caçula do ex-presidente Alberto Fujimori, com quem ia a viagens de inauguração de obras ou de entrega de calçado ou roupa para estudantes, como se fossem presentes pessoais e não do Estado em um país em ruínas.

O irmão menor de Keiko Fujimori provocou um escândalo no final de abril no Twitter: “A decisão é minha: somente no caso de Keiko não vencer a eleição, serei candidato em 2021”, disse na rede social, apesar de sua irmã ter afirmado que ninguém com o sobrenome Fujimori iria se candidatar quando o Peru completar o bicentenário de sua independência.

A candidata da Força Popular enfatizou em sua campanha que não pretende a reeleição, uma carga pesada como herança de seu pai, que aprovou uma lei para violar a Consituição e aplicar em três períodos entre 1990 e 2000.