Cotidiano

Juiz manda soltar mais três presos da Operação Carne Fraca

carnefraca1.jpgCURITIBA – Os três últimos presos temporários da Operação Carne Fraca foram soltos pela Polícia Federal (PF) por volta das 17h deste domingo. São eles: o advogado Rafael Nojiri Gonçalves ? filho de Daniel Gonçalves Filho, ex-superintendente regional do Ministério da Agricultura no Paraná, apontado como líder do esquema ?, e os fiscais Antônio Garcez da Luz e Brandízio Dario Júnior.

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Os alvarás de soltura foram expedidos às 14h17m domingo por determinação do juiz federal Marcos Josegrei da Silva, responsável pela ação. No despacho, o magistrado considera a manifestação da própria PF, que, por meio do delegado Maurício Moscardi Grillo, responsável pelas investigações, não se opôs a soltura dos três, justificando que ?as diligências preliminares que justificavam a medida de prisão temporária dos investigados estão cessadas?.

Carne fraca 2?Observa-se, contudo, que inúmeras provas estão sendo processadas com a abertura dos malotes arrecadados com a deflagração da operação carne fraca e eventuais outras medidas poderão ser representadas ao juízo brevemente?, conclui o documento assinado por Moscardi.

BALANÇO

Na deflagração da Operação, na sexta-feira passada, 11 pessoas foram alvo de mandados de prisão temporária (com duração de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco) e outras 25 de prisão preventiva (sem prazo). Apenas um dos alvos das preventivas não foi encontrado: o empresário paranaense Nilson Alves Ribeiro, que está na Itália. Por determinação do juiz, o nome dele foi incluído na lista da difusão vermelha da Interpol.

Na terça-feira, a PF havia pedido a prorrogação das prisões de todos os temporários, mas a Justiça só manteve as dos três que, até a data de vencimento do prazo, ainda não haviam sido ouvidos pelos investigadores, mas que neste domingo acabaram também libertados. Os outros oito presos temporários deixaram o encarceramento ainda na quarta-feira.

Os outros 25 presos preventivos da Carne Fraca estão custodiados em presídios de Piraquara e Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e na Superintendência da PF, na capital.

* Especial para O GLOBO