A vocação missionária falou mais alto para o jovem engenheiro civil Jhonata Neves, 23 anos, que acaba de concluir sua pós-graduação. Ele deixou a carreira promissora de lado para se dedicar a algo que costuma fazer há muitos anos: ajudar pessoas com ações sociais, com uma palavra amiga e muita atitude.
Depois de trabalhos sociais no Brasil, Jhonata inicia nesta sexta-feira (27) uma nova missão. Às 16 horas ele deixa Cascavel, embarca em um ônibus rumo a São Paulo onde ficará na casa de um pastor batista até terça-feira (31) quando pega voo para Istambul, na Turquia, e de lá segue para Riga capital da Letônia, em um projeto missionário da Jocum (Jovens Com Uma Missão).
Nos próximos cinco meses, Jhonata e jovens de diferentes partes do mundo iniciam um trabalho missionário em oito cidades dos três países bálticos – Letônia, Lituânia e Estônia –, no leste europeu. Na véspera da viagem, Jhonata não esconde a apreensão, mas está convicto do seu chamado missionário. "Eu estou com aquele misto de medo do que vou encontrar lá, mas ao mesmo tempo com muita curiosidade e anseio. É o medo do novo, mas o novo ao mesmo tempo me instiga para chegar lá”, diz.
O trabalho é custeado pela própria família com auxílio de amigos que, assim como Jhonata, são apaixonados por missão e apoiam o projeto missionário. O jovem engenheiro pretende fazer missão sempre e, se for necessário, conciliar os projetos missionários com a profissão de engenheiro civil. "Enquanto vou vivendo, vou sendo missionário”, enfatiza.
Nas primeiras semanas, o grupo missionário terá estudos com professores de diferentes partes do mundo e fará ações sociais. Jhonata participará da Awakening Baltics Discipleship Training School (Escola de Treinamento e Discipulado Despertar Báltico). No fim do mês de agosto os jovens missionários participam de um evento chamado Despertar Europa, que acontece na cidade Riga. O evento, que terá quatro dias de conferência, tem como objetivo restaurar o cristianismo cada vez mais distante do povo europeu.
Após três meses de treinamento e ações sociais, os jovens iniciam os impactos evangelísticos. “A gente vai ser dividido em pequenos grupos e enviado para fazer a parte que eles chamam de prático, geralmente sozinhos”, destaca. Além dos três países bálticos, haverá trabalho missionário em um quarto país, provavelmente a Rússia.
O trabalho missionário será desenvolvido por cinco meses, mas Jhonata pretende, se conseguir recursos financeiros, continuar como voluntário até agosto de 2019, quando expira a validade de seu visto. A ideia é ficar em alguma base da Jocum realizando uma atividade específica.
Curiosidades
Em agosto, os países bálticos comemoram 100 anos de emancipação da Rússia, mas em 1940 a Letônia, Estônia e Lituânia foram incorporadas à URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e só se tornaram independentes novamente após o esfacelamento da União Soviética, em 1991. Na época, a população das três nações atravessou os países de mãos dadas cantando e conquistaram a independência que ficou conhecida como a “Revolução Cantada”.