Cotidiano

Internautas lembram do ?face-kini? ao questionarem proibição do burquíni

Depois de o burquíni ter sido comparado às roupas usadas por surfistas e mergulhadores, o debate em torno do traje de banho islâmico o colocou lado a lado ao ?face-kini?, a controversa máscara usada por banhistas chinesas. Os críticos da proibição ao burquíni, que já foi derrubada, mas ainda é defendida por mais de 30 prefeituras da França, lembraram da febre asiática para questionarem: por que só o burquíni pode ser considerado ilegal?

blog_face-kini-3.jpgO ?face-kini? se tornou mundialmente conhecido em 2012, quando começou a ser comercializado para atender a uma demanda estética na China. No país, o rosto bronzeado está associado aos trabalhadores do campo, o que torna o rosto pálido um sinônimo de riqueza. Apesar de ser usado principalmente entre as mulheres, o face-kini também tem modelos masculinos. Muitas vezes, a máscara acompanha trajes que protegem o corpo inteiro dos raios solares.

?As cidades francesas baniriam o ?face-kini? chinês de suas praias??, questionou uma internauta pelo Twitter. ?O ?face-kini? cobre mais do que o burquíni, mas o primeiro é legal porque não é islâmico?, criticou outro usuário.

O principal argumento para o banimento do burquíni é princípio de laicismo da Constituição francesa. O assunto tomou maiores proporções depois que agentes armados forçaram uma mulher muçulmana a se despir da peça em Nice. Depois da decisão do Conselho de Estado na sexta-feira, o uso é permitido em qualquer cidade da França. Tweet face-kini