Cotidiano

Integrantes do PT minimizam críticas de Dilma ao partido

2016 908138984-201605091314396886.jpg_20160509.jpgBRASÍLIA – Dirigentes do PT minimizaram, nesta terça-feira, as críticas que a presidente afastada Dilma Rousseff fez ao partido em entrevista à revista “Fórum” no Palácio do Alvorada, quando disse que a legenda tem que reconhecer “todos os erros que cometeu”.

– Eu acredito que o PT tem que passar por uma grande transformação. Primeiro, uma grande transformação que reconheça todos os erros que cometeu, do ponto de vista das práticas tanto ética, da condução de todos os processos de uso de verbas públicas ou não. Nós temos de fazer esse processo – afirmou Dilma, que logo depois voltou atrás e disse que os petistas é que têm de assumir erros, e não a sigla.

Impeachment

O deputado José Guimarães (CE), vice-presidente nacional do PT, afirmou que também defende uma “auto-reformação” não só de seu partido, mas de todo o sistema político. Ele negou que as declarações de Dilma gerem mal estar na legenda.

– O PT nasceu para ser diferente, ele é diferente e tem que continuar sendo diferente, portanto precisa passar por uma reforma profunda. As falas da presidenta são pertinentes e merecem ser olhadas de forma positiva – disse Guimarães, que foi líder do governo na Câmara até o afastamento da presidente.

O líder petista na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), foi na mesma linha ao também defender que o PT passe por uma transformação, mas negar que a petista tenha incomodado dirigentes da cúpula da legenda. Para Florence, seu partido foi vítima de “traidores”:

– O PT tem que viver uma transformação, porque teve aliados que o traíram e fizeram malversação de verbas publicas. O PT, que transformou o Brasil, depois de passar pelo golpe e voltar ao poder, tem que fazer um balanço mesmo – disse.

Florence negou qualquer situação desconfortável entre Dilma e o PT.

– De jeito nenhum, ela é a presidenta da República que foi golpeada, ela tem nitidez de que a solidez de um programa que amalgame governo de coalizão é fundamental. Quando a presidenta diz isso é porque está olhando a conjuntura e tarefas históricas – afirmou o líder do PT na Câmara.