BRUXELAS ? Um incêndio criminoso que atingiu o Instituto Nacional de Criminalística e Criminologia (INCC) da Bélgica na madrugada desta segunda-feira seria uma tentativa de eliminação de provas guardadas pela instituição para análises judiciais, segundo a promotoria de Bruxelas. As autoridades não descartam a hipótese de terrorismo no incidente ? no qual um veículo forçou o acesso ao prédio e atingiu os laboratórios, o que causou as chamas e resultou em várias explosões, sem deixar feridos. Cinco pessoas foram detidas, mas posteriormente libertadas.
? O lugar não foi escolhido ao acaso (…). Trata-se de uma instituição importante que ajuda a justiça e possui informações sensíveis relacionadas a várias investigações em andamento ? disse Ine Van Wymersch, porta-voz do gabinete do procurador de Bruxelas. ? A possibilidade de que seja um ato terrorista não está confirmada. Provavelmente não é. É um ato criminoso. Não posso confirmar se houve alguma bomba. Convém apontar que várias pessoas quiseram destruir provas vinculadas aos seus casos legais.
O incidente mobilizou o esquadrão antibomba da polícia e 30 bombeiros. O porta-voz dos Corpo de Bombeiros, Pierre Meys, disse à AFP que os danos são graves e falou de uma explosão ?muito violenta?.
? Várias janelas do laboratório explodiram e voaram dezenas de metros ? contou Meys.
Algumas fontes da imprensa local indicaram que o carro se lançou contra o prédio, mas as autoridades negaram. O incêndio não deixou feridos, mas os reflexos da explosões abalaram várias casas próximas.
O incêndio acontece em um momento em que a Bélgica permanece em estado de alerta após os ataques terroristas ao aeroporto e metrô da capital, em março passado, reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).