Cotidiano

Greve dos bancários completa 18 dias e categoria pede reunião com bancos

SÃO PAULO ? A greve dos bancários completou 18 dias nesta sexta-feira com pouco mais de 50% das agências do país fechadas. A paralisação mais longa da categoria ocorreu no ano passado e durou 21 dias. Sem a manifestação dos bancos para agendar uma nova rodada de negociação, o Comando Nacional dos Bancários enviou, na tarde de hoje, um oficio à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) solicitando a retomada das conversas.

A proposta feita pelos bancos é de reajuste salarial de 7% mais abono de R$ 3,3 mil. Os bancários, porém, pleiteiam 14,78%. No texto enviado à Fenaban, o Comando reforça que, como os dirigentes sindicais estarão reunidos na próxima segunda-feira, em São Paulo, na sede da Contraf-CUT, estão à disposição para a retomada dos temas tratados na mesa de negociação.

A pauta de reivindicações foi entregue pelos trabalhadores aos bancos no dia 9 de agosto. Já ocorreram oito rodadas de negociação sem sucesso.

? Construímos todos juntos a maior greve em número de locais parados, mas os banqueiros continuam intransigentes em relação a repor as nossas perdas ? afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.

Os trabalhadores também reivindicam participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.