Foz – A Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu informa sobre o impacto negativo na economia devido à greve dos auditores fiscais da Receita Federal. Atividades de extrema importância para a região, o transporte, logística e comércio exterior têm amargado enormes prejuízos em virtude da paralisação que se arrasta há meses e tem causado um efeito bola de neve na cidade.
As consequências são drásticas. O segmento deixa de exportar e importar. As transportadoras movimentaram, ao longo do ano passado, em torno de R$ 18 bilhões em cargas na fronteira, por exemplo. Neste ano, a circulação já diminuiu entre 25% e 30%. Com essa queda na movimentação de mercadorias, as empresas do setor estão amargando prejuízos e demitindo trabalhadores.
O setor deveria nesse momento fechar contratos para o próximo trimestre, mas está longe disso porque não há mínima segurança aos importadores e exportadores em vista de os auditores não se posicionarem de maneira definitiva. Os reflexos da greve ocorrem em vários pontos da fronteira e do Extremo-Oeste do Paraná e oscilam de um dia para outro, mas na média o cenário é o seguinte: são 800 caminhões no Porto Seco aguardando a liberação; 1,2 mil veículos à espera de liberação no Paraguai e outros centenas em outros pontos, como postos e margens de rodovia. Isso sem levar em conta cargas armazenadas nos depósitos das transportadoras e nos centros de distribuição e estoques das indústrias do País.
Demissões
Cerca de 2,8 mil pessoas iniciaram o ano trabalhando em mais de 300 transportadoras na cidade. Calcula-se que 120 delas foram demitidas desde o início da paralisação, em julho. As demissões devem continuar porque o agravamento da greve tem obrigado muitas empresas transferirem os desembaraços para aduanas na Argentina e no Uruguai.