Brasília – Representantes dos caminhoneiros deixaram a reunião de ontem com ministros da Casa Civil, Transportes e Secretaria de Governo, afirmando que o governo não apresentou propostas que levem ao fim da paralisação da categoria, que entra hoje no quarto dia. De acordo com o presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), Diumar Bueno, um novo encontro ficou agendado para hoje.
Em evento ocorrido à tarde, também no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer disse que pediu uma “trégua” de até três dias na paralisação. “Pedi que na reunião se solicitasse uma espécie de trégua para que em dois, três dias no máximo, pudéssemos encontrar uma solução satisfatória para os caminhoneiros e para o povo brasileiro”, disse.
Temer frisou que o governo tem trabalhado desde o início da semana para encontrar uma solução para os caminhoneiros. “Desde domingo estamos trabalhando nesse tema para dar tranquilidade, não só ao brasileiro, que não quer ver paralisado o abastecimento, mas também tentando encontrar uma solução que facilite a vida especialmente dos caminhoneiros”.
A expectativa é que o governo apresente respostas às reivindicações dos caminhoneiros.
Teto de impostos
Em meio às reações de parlamentares e do governo após a paralisação de caminhoneiros, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Romero Jucá (MDB-RR) apresentaram ontem um projeto que prevê a limitação do ICMS cobrado sobre os combustíveis.
A intenção da proposta é evitar que cada estado cobre uma tarifa diferente sobre os produtos.
Caso seja aprovado por 54 dos 81 senadores, o tributo cobrado sobre os preços da gasolina e do álcool ficará limitado a 18%. Já o teto para as operações com o diesel será de 7%. O projeto daria um “alento” e vai “descomprimir” os sucessivos aumentos do preço do petróleo.