Cotidiano

Gol conclui troca de bônus e reduzirá dívida em US$ 101 milhões

RIO – A Gol concluiu no dia 1º de julho o prazo para a troca de bônus de sua emissão em circulação no exterior anunciada no início de maio. O resultado da operação permitirá à companhia reduzir a dívida total, que era de R$ 16,3 bilhões no fim de março, em US$ 101,2 milhões. Para isso, a companhia utilizará US$ 13,9 milhões do caixa, e terá uma economia com despesa anual de juros no valor de US$ 9,3 milhões, comunicou a empresa aérea.

Quando divulgou a oferta aos investidores estrangeiros, a Gol salientou que tinha por objetivo chegar à troca de até US$ 781 milhões desses bônus, que seria o valor total desses títulos. A operação integra um amplo plano de reestruturação de dívida da companhia, que prevê redução de garantias em empréstimos com a Delta Airlines e revisão de contratos de arrendamento de aeronaves com a Boeing.

O pacote cobre ainda propostas a detentores de debêntures (títulos da dívida) que totalizam R$ 1,05 bilhão, quase que integralmente nas mãos de Banco do Brasil e Bradesco. A Gol quer prorrogar o prazo de pagamento da maior parte do valor do principal com vencimento este ano ou em 2017 para 2018 a 2020. Em paralelo, quer ser liberada de quitar obrigações financeiras por um ano (waiver) e obter um empréstimo no valor de R$ 380 milhões.

O programa de reestruturação da dívida é visto por especialistas como uma alternativa para evitar a recuperação judicial.

A permuta de títulos teve o prazo postergado, sendo concluída quase um mês após a data de 8 de junho, determinada no lançamento da oferta. Os titulares dos bonds ofertaram US$ 174,74 milhões em valor principal de títulos antigos. E a Gol prevê a emissão de US$ 73,5 milhões como valor principal dos novos títulos.

No pagamento de juros e do principal desses novos títulos a serem emitidos oferecerá aos credores peças de reposição de aeronaves detidas pela companhia, avaliadas em US$ 222,7 milhões, como garantia real.