BRASÍLIA – A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ré no Supremo Tribunal Federal (STF) em razão da Operação Lava-Jato, apontou sete pessoas como testemunhas de defesa, entre elas a ex-presidente Dilma Rousseff e a ex-presidente da Petrobras Graça Foster. A decisão de autorizar ou não os depoimentos cabe ao ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava-Jato no STF.
Além de Dilma e Graça Foster, a defesa quer que sejam ouvidos: o senador Roberto Requião (PMDB-PR); Beto Ferreira Martins Vasconcelos, que já foi secretário-executivo da Casa Civil, pasta da qual Gleisi era ministra; José Augusto Zaniratti, que foi coordenador de sua campanha ao Senado em 2010; Ronaldo da Silva Balthazar, tesoureiro da campanha; e Ivo da Motta Azevedo Corrêa, que trabalhou com a senadora na Casa Civil.
Em setembro do ano passado, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) abriu ação penal para investigar a suposta participação da senadora, do marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, e do empresário Ernesto Kugler no esquema de desvios de dinheiro da Petrobras. Por unanimidade, o colegiado aceitou a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra os três. A decisão foi unânime.
Eles respondem por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas negam as acusações. Segundo a denúncia, enviada ao STF em maio, Paulo Bernardo pediu R$ 1 milhão ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para abastecer a campanha de Gleisi ao Senado em 2010. O dinheiro teria sido entregue por um intermediário do doleiro Alberto Youssef a um empresário chamado Ernesto Kugler, ligado ao casal. A quantia teria sido repassada em quatro parcelas de R$ 250 mil.