Cotidiano

Gestores planejam ações para 2018

Marechal Cândido Rondon – Gestores de Educação Ambiental de 29 municípios da Bacia do Paraná 3 (BP3) se reuniram em Portos Mendes, Distrito de Marechal Cândido Rondon, para o encerramento das atividades de 2017. O objetivo foi analisar a forma como os trabalhos foram desenvolvidos e o que está programado para 2018. As ações resultam de uma parceria entre Itaipu Binacional, Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu e administrações municipais.

Ao todo, são 80 gestores ambientais que fazem parte de uma dinâmica voltada ao planejamento de iniciativas de educação ambiental, tanto com crianças e jovens, quanto com a população em geral.

Ao avaliar as atividades de 2017, o coordenador do convênio Linha Ecológica, Mauri Schneider, ressalta o processo de formação continuada com os professores, por intermédio do projeto de Saúde Integrativa-Salutogênese, que enfoca a prevenção de doenças com base em hábitos saudáveis de vida.

Outro foco foi a disponibilização de recursos, aproximadamente R$ 20 mil por município, destinados ao apoio de projetos, iniciativa viabilizada por parceria entre o Conselho dos Lindeiros e a Itaipu.

Mauri Schneider também destaca a Rede de Cultura que desenvolveu trabalhos regionais e movimentos voltados à potencialização e à preservação do patrimônio histórico cultural por intermédio do Ecomuseu de Itaipu.

O convênio da Linha Ecológica, pelo Conselho dos Lindeiros e Itaipu Binacional, é de quase R$ 3 milhões. Novo convênio está sendo formulado, processo repetido desde 2002.

Itaipu amplia as ações

Foz do Iguaçu – A Itaipu Binacional vai ampliar sua atuação socioambiental dos atuais 29 municípios da Bacia Hidrográfica do Paraná 3 (28 no Paraná e um no Mato Grosso do Sul) para 54 municípios. A formalização de convênios com as 25 novas prefeituras do oeste do Paraná será amanhã, às 10h, no Hotel Bourbon, em Curitiba.

O plano de trabalho a ser desenvolvido nos municípios contempla diversas ações voltadas à melhoria das condições ambientais e sociais da região. “A Itaipu não se limita a ser apenas uma usina. Para que ela siga gerando energia em quantidade e qualidade para o Brasil e o Paraguai, é necessário cuidar da região do entorno, com ações voltadas à segurança hídrica e ao desenvolvimento sustentável”, afirma o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Luiz Fernando Vianna.

A Itaipu atua, desde o início da implantação de seu projeto, na promoção do desenvolvimento sustentável da região em torno de seu reservatório. Na parte ambiental, constitui áreas protegidas que somam mais de 100 mil hectares nas duas margens. Aos tesouros nacionais do Brasil e Paraguai, pagou mais de US$ 10,8 bilhões em royalties, desde o início da geração de energia, em 1984.

O estado do Paraná recebeu cerca US$ 1,8 bilhão desse montante. E os municípios que tiveram áreas alagadas para a formação do reservatório (15 no Paraná e um no Mato Grosso do Sul) receberam praticamente o mesmo valor. O repasse é calculado de acordo com a energia gerada a cada mês e constitui um importante recurso para as prefeituras locais.

217 microbacias

Nesses últimos 14 anos, essas ações resultaram em 217 microbacias hidrográficas trabalhadas. Ao todo, são mais de 2.500 km de estradas rurais recuperadas, quase 30 mil hectares com ações de conservação de solos, 175 abastecedores comunitários instalados e 1.300 km lineares de matas ciliares restauradas e protegidas por cercas, entre outros resultados, que contribuíram para que Itaipu recebesse, em 2015, o prêmio Water for Life, de melhor gestão da água, pela ONU-Água.

Vale destacar, também, que alguns dos municípios dentro da área de influência de Itaipu estão nos primeiros lugares do ranking estadual do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como Quatro Pontes (na terceira posição), Cascavel (4ª), Marechal Cândido Rondon (7ª), Toledo (9ª), Medianeira (13ª) e Entre Rios do Oeste (17ª).