SICÍLIA Dois bebês de apenas cinco dias de vida estavam entre os 6,500 migrantes resgatados nessa segunda-feira no Mar Mediterrâneo. Os gêmeos nasceram prematuramente durante a viagem de barco até a Europa, que a mãe fazia sozinha. Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) informaram que um deles estava desesperadoramente doente, vomitando, com hipotermia e sem reagir.
Nós decidimos pedir uma retirada (do bebê para tratamento). Sua saúde estava tão frágil que ele não sobreviveria à longa jornada até a Itália em nosso barco disse a chefe da equipe médica de resgate da ONG Antonia Zemp ao jornal Independent.
De acordo com o MSF, que distribuiu 700 coletes salva-vidas e deu assistência à 3 mil pessoas, as embarcações traziam ainda 13 crianças com menos de 5 anos, entre 110 menores em sua maioria, adolescentes desacompanhados. Outros migrantes também apresentaram quadros de hipotermia, febre, desidratação e doenças de pele.
O resgate aconteceu a partir de uma megaoperação organizada pelas Marinhas italiana e espanhola com ONGs de ajuda humanitária. As autoridades contaram 20 barcos de madeira superlotados, socorridos a dezenas de quilômetros ao norte da cidade de Sabratha, na Líbia. Os socorridos seriam em sua maioria migrantes de Eritreia e Somália.